Image Map

Ela pausou o filme e bufou: Ela não queria falar com ninguém, só queria ficar o dia inteiro enrolada no seu cobertor xadrez enquanto assistia filmes britânicos, será que era muito difícil o mundo entender isso? Mesmo assim, jogou o cobertor de lado, colocou suas pantufas e foi em direção à porta. Olhou-se no espelho que ali por perto tinha e certificou-se que as suas belas madeixas estavam na perfeita bagunça organizada.


-Sim? – Disse ela forçando um sorriso simpático que se desmanchou assim que viu quem havia interrompido sua sessão de filmes – O que foi? – Disse ela de maneira suja e grosseira.

-Eu trouxe isso para você. – Disse ele estendendo um pequeno buquê de rosas vermelhas para ela. Ela apenas encarou o buquê, sem reação.

-Não acredito! Eu me recuso a acreditar! Como pôde?!

- Por favor, aceite-as.

-Então isso quer dizer que você está arrependido? 

-Por que diz isso?

-Você está parado na minha porta.

-Talvez eu realmente esteja.

-Você então retira tudo o que você disse?

-Espero o mesmo de você.

-Tá, tá, tá. – Disse ela gesticulando com as mãos e sacudindo a cabeça – Talvez eu tenha sido um bocado estúpida, sabe? Em dizer adeus, essas coisas... – Ele assentiu com a cabeça e disse:

-Continue, você está indo muito bem.

-Talvez eu estivesse errada, em começar uma briga.

-Talvez? – Disse levantando uma de suas sobrancelhas encarando-a.

-Eu estava errada. Melhor assim?

-Muito. – Disse sorrindo.

-Eu sei que eu tenho alguns problemas...

-Alguns?!

-Ei! Você também é muito confuso!

-Sou nada! De qualquer forma, eu descobri que sou nada sem você.

-Você é nada sem mim?

-É. Sabe, estar com você é tão disfuncional... Eu nem deveria sentir sua falta mas...

-Mas?

-Eu não posso deixar você ir. Nós pertencemos um ao outro, encare os fatos querida.

-Também não consigo imaginar minha vida sem você... – Disse ela olhando para baixo.

-Já que não conseguimos imaginar as nossas vidas sem o outro, que tal você parar com esse papo bobo que me odeia e que quer recomeçar sua vida sem o seu passado?

-É, talvez você esteja certo... Talvez, eu devesse repensar minha decisão e recomeçar com o que já tenho, talvez fosse até mais fácil...

-Eu tenho certeza disso querida. – Disse ele tocando com o seu dedo indicador no queixo da garota o trazendo para cima, fazendo-a encarar seus olhos castanhos – Mas será que você pode me deixar entrar? Eu estou congelando aqui fora!

-Entra logo seu idiota. – Disse ela rindo e abrindo passagem.

-Você ainda tem esse cobertor xadrez? Sério? – Disse ele tirando o casaco e jogando-o em cima da mesa da cozinha.

-Você quem me deu!

-Eu sei, mas isso faz um milhão de anos. Ou mais – risos. Disse ele sentando-se no sofá enquanto enrolava-se no cobertor.

-Quem disse que você podia sentar?

-Quem disse que não?

-Chato, agora dá espaço para mim. – Disse ela aconchegando-se ao seu lado dando play no filme.

-Sabe de uma coisa?

-Não.

-Hoje é o dia do amigo?

-Não brinca.

-Pois é.

-Eu te amo meu amigo mala que é um idiota total desde que eu tinha 15 anos.

-Eu também te odeio baixinha que faz um drama novo todos os dias desde que eu tinha 17.

Beijos
Eu Sei Que Você Me Ama
S.S Sarfati
PS: Esse é um conto baseado na música "My Life Would Suck Without You" da Kelly Clarkson
PS2: Feliz dia do amigo ^^


E ai pessoal! Tudo certo?
Bem, estou aqui para falar para vocês sobre o meu novo “vício”: Dallas.
Há uns anos atrás (2009, se não me engano) lembro-me que foi reprisado na “RedeTv!” “Dallas”. Minha mãe adorava e isso nunca foi segredo. Assisti alguns episódios com ela nas férias, mas depois, esquecemos. Mês passado, enquanto víamos “I Hate My Teenage Daughter” passou um pequenino comercial (uma promo) falando de um aparente remake da antiga série, obviamente que minha mãe ficou animada e quis ver, isso ficou um tempo na minha cabeça mas logo esqueci. Até ontem a noite quando minha mãe me chamou para ver a nova Dallas. Foi paixão a primeira vista: Ontem mesmo li tudo que encontrei no Google a respeito da série e baixei os primeiros episódios da série e lógico que assisti a todos eles até tarde da noite.
Os episódios têm um ótimo desenvolvimento e um roteiro que prende o telespectador na trama, fazendo-o esquecer de todo o resto e querer que o episódio nunca acabe. Duram em média, cerca de 40 minutos. 40 minutos que se dividem de forma quase que extraordinária em romance, mistério e até um pequeno suspense. “Dallas” consegue conquistar dois tipos de público: O público que gosta de romance e principalmente, o público que gosta de drama. Muito drama.
“Dallas” envolve tudo que é mais nocivo para o ser humano: Dinheiro, poder e sedução. E quem disse que dessa sedução não pode surgir um amor? No centro de todo e qualquer romance que pode existir na série está o triangulo amoroso Christopher, Elena e John Ross. Chris e John são primos; Chris é o filho adotivo de Bobby, que é irmão de JR, que é pai de John. Elena é a filha da cozinheira que cresceu com ambos. Desde criança, John é louco por Elena (palavras do próprio), mas a garota só tinha olhos para Chris. Quem ela quase se casou há dois anos se não fosse um email. Agora, Christopher está prestes a se casar com Rebeca, uma doce garota que apareceu em sua vida enquanto viajava pela Ásia, enquanto Elena prospera um namoro com John Ross. E agora? Garanto que quando se trata de “Dallas”, não se pode esperar nada menos do que brigas, intrigas e jogo sujo. Será que esse será o caso? Tenho certeza que sim.
Pode-se dizer também que as intrigas entre JR e Bobby continuam; Mas agora, também são passadas de geração a geração, já que John Ross e Chris se odeiam (Se Elena tem culpa disso? Pode apostar que sim). Não irei contar o motivo da nova intriga, se não se perde a graça, mas darei uma dica aos mais curiosos: Envolve algo antigo que Bobby jurou proteger com todas as suas forças.

A série também conta com partições mais do que especiais de Larry Hagman , Patrick Duffy e Linda Gray em seus papéis originais. (JR, Bobby e Sue Ellen, respectivamente)


Não deixem de entrer no site oficial da série (em inglês) ou no site brasileiro da série (Warner Channel) em ambos têm muito material interessante para os apaixonados pela série!

Para quem quer acompanhar a série, aqui vai os horários: Segunda às 22h na Warner Channel (Dallas atual) e no canal Viva, de segunda a sexta às 22h20 (Dallas antigo - O que foi exibido de 1978 a 1991).

Mas, tem sempre os seriemaníacos (como eu!) que não resistem a tentação de baixar a série, então para eles, minha dica é o SériesFD.com

Essa é minha dica e lembrem-se: Os Ewing não fracassam.

Beijos

Eu Sei Que Você Me Ama

S.S Sarfati


Férias de Julho é aquela época do ano onde você está de férias, não há nada para se fazer e não é preciso acordar junto com as galinhas todos os dias, mas, se você já passou do nono ano do Ensino Fundamental, você pode ou não estudar nas férias (Não que no nono ou nos anos anteriores ao nono você não possa estudar nas férias, mas é mais comum ver adolescentes entre quinze e dezessete anos, principalmente os de dezessete, gastando preciosas horas das suas férias com a cara entre os livros visando bons resultados nos exames de final de ano, também conhecidos como vestibulares ou, do ponto de vista da sociologia, mais uma forma de Darwinismo social). Se você optar por esquecer que os livros e cadernos existem, as férias com certeza se tornam mais fáceis: Você pode ir dormir às duas da manhã, acordar ao meio dia, não almoçar, comer batata palha com maionese e molho de tomate as três, jogar Mario até as cinco e depois passar o resto do dia atualizando suas redes sócias enquanto se entope de porcarias usando como argumento para convencer sua mãe a deixar você ser feliz que você está “em fase de crescimento”.  Mas se você optar pela opção favorita de qualquer pai ou mãe, estudar, a vida certamente se torna um pouquinho mais complicado: Você pode querer estudar todos os trinta dias que você ficar em casa e só lembrar que não está em época de aulas quando lá pelo dia vinte, você lembrar que seu professor de matemática ainda não te mandou para o Pólo Norte esse mês. Mas você também pode escolher tirar a primeira semana para esquecer que a escola existe e passar as outras três semanas resolvendo equações de Baskara e Torricelli, enquanto tenta decorar todas as vinte e uma figuras de linguagem e todas as características da Idade Média. O único problema é que se você for muito perfeccionista, você certamente ficará com peso na consciência por ter perdido essa primeira semana de estudos, em troca de um fiozinho fino e fraco de sanidade mental (ou pelo menos, o que resta dela). Nessa primeira semana você pode aproveitar para se maravilhar com a bela vista que você tem da parte debaixo de um beliche confortável forrado com o edredom do seu time do coração enquanto escreve um texto sem pé nem cabeça sobre as férias enquanto se está em um hotel que fica entre o nada e o lugar nenhum e mal se pega celular, numa cidadezinha do interior de SP. E assim que você cansar de escrever esse tal texto maluco sobre as férias, você pode voltar a deitar-se confortavelmente sobre uma rede na sacada do quarto onde está e mirar o seu olhar, coberto em parte pelos óculos de sol que se encontra apoiado em seu rosto, nas miúdas letras Arial tamanho onze (que coincidência do destino ou não, é a mesma letra que você está usando para escrever o seu texto) que está meticulosamente digitada sobre a sua última aquisição literária que, nem um pouco coincidência, é a obra que deu origem ao último filme que você assistiu no cinema, depois de passar horas tentando convencer o seu pai a ir ao cinema com você, já que o cinema é em outra cidade, por que na cidade onde você reside esse filme não foi exibido. E nem precisa mencionar que nesse filme tem o seu ator favorito que, para a sua sorte, é amigão do seu cantor favorito. Ou seja, você sempre surta quando vê fotos dos dois juntos e torce para que o dia em que você for para L.A você encontre os dois de uma vez só, e assim, talvez, você tenha o maior pipe dream¹ da sua vida realizado.
Beijos
Eu Sei Que Você Me Ama
S.S Sarfati

 1 – “Pipe dream” é uma expressão em inglês para sonho impossível, ou, no mínimo, irrealizável.


Era noite. A lua estava sendo capaz de iluminar aquele enorme pátio daquela antiga escola com precisão: Mal se precisava de luz elétrica para enxergar algo naquele começo de noite. Havia bandeirinhas coloridas de ponta a ponta e barraquinhas típicas em todos os cantos, mas, o que mais despertava a atenção dos alunos era o correio elegante.
Era a primeira vez que haveria algo assim por lá, ninguém tinha tido uma ideia dessas antes. Os alunos do terceiro ano andavam animados em volta do pátio com suas roupas caipiras tentando convencer todos a comprar um correio elegante para a tal pessoa amada.
Adolescentes, por definição, estão sempre andando em grupinhos, bandos, “clãs” e com aquele garoto não era diferente: Ele estava de costas, era alto, tinha cabelos castanhos encaracolados e usava uma camisa xadrez preta com as mangas arregaçadas na altura dos cotovelos. Estava conversando com os amigos sobre algum jogo de futebol que havia acontecido alguns dias antes, parecia realmente estar concentrado no assunto, quando uma garota miúda e baixinha, de nariz arrebitado, cabelos não muito escuros e mexas loiras deu dois toquinhos em seu ombro, fazendo-o virar e encara-la com seus olhos brilhantes por um momento:

-Para você. – Disse ela com uma voz doce enquanto entregava um envelopinho para ele. Ele sorriu e agradeceu gentilmente a garota, que sorriu orgulhosa do seu trabalho bem feito. Com suas delicadas mão, ele rasgava sem muitos estragos o envelopinho enquanto tirava um bilhetinho de dentro que estava escrito com uma letra de menina:
“Eu te amo. Feliz com isso? Pena que você nem sonha com quem eu seja”
****
Lá estava ela com seu bom e velho jeans rasgado no joelho direito, bota, e sua camisa xadrez favorita. Seus cabelos longos e encaracolados balançavam com o vento enquanto ela conversava com algumas pessoas a sua volta. Discretamente, ela olhava para os lados sempre que possível, sempre procurando observar alguma coisa. Em um dos raros momentos em que ela estava totalmente concentrada na conversa, um garoto alto e loiro, com olhos bem definidos, castanho claro, de cabelos bagunçados e um pouco de barba por fazer se dirigiu até ela e disse:
-Oi.
-Oi. – Disse ela.
-Olha me pediram para entregar esse correio elegante para você. – Disse ele entregando o pequeno envelope à garota surpresa.
-Para mim?
-É.
-Nossa, obrigada.
-Eu só fiz o meu trabalho. Tchau.
-Tchau. – Disse ela surpresa com o fato de estar recebendo um correio elegante, e do garoto loiro ter sido extremamente educado com ela. Com suas longas unhas pintadas em tonalidades diferentes de vermelho, ela rasgava o envelope que envolvia o papelzinho enquanto retirava o papelzinho lá de dentro. Seus amigos estavam rindo e querendo que ela lesse logo o que o papel dizia. Embora corada de vergonha, a garota abriu o papelzinho e se pôs a fazer uma leitura silenciosa dos dizeres que o papel trazia consigo:

“Minha doce e iluminada garota
Nada além de amor eterno espere de mim
Jamais te negaria um sim
E jamais deixaria você derramar uma gota
Esse tempo todo estive escondido atrás de minha sombra
Jamais sendo capaz de soltar meu coração a cantar
Ao ver os seus cabelos loiros ao vento balançar
Mesmo tendo sentimentos mais confusos do que álgebra
Mas quando minha senhorita se pôs a falar
Fez o mais belo e curto soneto de amigo
Não tendo muitas palavras para meu pobre coração decifrar
Que fazia de mim meu próprio inimigo
Apesar de tudo ainda não consigo acreditar
Que a garota com quem sonho também sonha comigo”

Beijos
Eu sei que você me ama
S.S Sarfati