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É tão clichê mas é tão realidade mas, quando menos esperamos as coisas realmente acontecem. 
As vezes estamos decepcionados com as pessoas a nossa volta, tentamos não ficar mas as vezes a dor e decepção são inevitáveis. Para tentarmos nos proteger de maiores decepções, nos guardamos; Colocamos nossa alma dentro de uma caixinha espelhada e a fechamos e decidimos esperar a vida passar nos nossos olhos. Nesse momento é onde mora o perigo: as vezes a vida nos pega de surpresa. 
Nem sempre é coisa ruim, as vezes até que é boa. Mas supondo que dessa vez fosse boa, algo que lhe desse a esperança de recomeçar, de ficar em pé e gritar seu nome, rodopiar até cair. 
Sabe aquelas pessoas que perdemos a esperança citadas no começo do texto? Imagina que elas começam a nos surpreender com atitudes doces e gentis. Que a simpatia tome conta das atitudes delas, que a gentileza seja sua religião e que a alegria seja seu adjetivo. No fim das contas, estamos surpresas com as atitudes, estamos felizes com isso, mas no fundo temos medo de admitir, afinal, não queremos nos machucar novamente. 
Mas essas atitudes começam a se repetir, viram um hábito e já não não imaginamos mais nossas vidas sem essas atitudes ou essas pessoas. Mas mesmo sendo um hábito, ainda ficamos surpresos e felizes quando isso acontece. Nos sentimos gratos. 
Afinal, o que aconteceu? O que mudou? Foram nós ou as pessoas? Ou foram as circunstâncias? As vezes é tudo; As vezes é nada; Não pode-se ter certeza absoluta do que acontece com as outras pessoas, talvez, a vida tenha as ensinado a serem mais gentis, ou, quem sabe, a vida não nos ensinou a sermos mais pacientes?  Não importa. O que realmente importa é que ou a vida ou o destino se encarregou de nos ensinarmos a vermos e sentimos os pequenos prazeres da vida, o que realmente a faz colorida, a verdadeira razão por chamarmos a vida assim: Por que a vida é viva. 
Beijos
S.S Sarfati 



Ela estava terminando de se arrumar. Encarava o espelho de forma precisa enquanto suas mãos mexiam freneticamente nas maquiagens que estavam espalhados pela pia, então ela decidiu que estava pronta. Respirou fundo e caminhou com destreza se equilibrando sobre um salto fino em direção a sala. Pegou a carteira preta que a esperava na mesa da sala, deu uma última olhada em outro espelho, respirou fundo e decidiu partir.

O caminho estava tranquilo, a noite era iluminada, as estrelas compartilhavam seu brilho com os terrestres e ela sentiu-se particularmente um bocado sortuda por ter chance de admirar tamanha beleza. Já se passava das dez, então não havia muitas pessoas na rua. Ao contrário de cidades grandes como Nova York e São Paulo, a cidade dela dormia e dormia muito cedo na opinião dela. Enfim chegou ao lugar da festa. Conferiu no convite se não havia chegado ao lugar errado mas não, estava no lugar certo. 
O lugar era branco, grande, cercado com um belo jardim na frente e um pequeno lago a esquerda da enorme escadaria que era a responsável por levar as pessoas à sua entrada. Havia um tapete vermelho no meio. Com certa hesitação, ela respirou fundo e tratou cumprir o desafio que estava a sua frente com maestria. Subiu as escadas e parou na porta. Será que ela deveria entrar? 
Antes que ela tivesse a oportunidade de voltar para casa, um funcionário do salão tratou de abrir a porta para ela., gesto que foi agradecido por ela com um largo sorriso.
Então ela parou. Sentiu como se todos os olhares do salão fossem para ela, o seu vestido vestido era branco, feito de paetê por toda sua não muito longa extensão. Caminhou em direção ao lugar que ela sentia que a esperava, a pista de dança. Havia poucas pessoas por lá, mas ela não se intimidou, foi lá mesmo assim. Arriscou pequenos passos até a hora que lhe foi servido um drink, outro gestou que foi bem recebido pela dama, que como sua marca registrada, agradeceu com um sorriso.  Mas de repente a música foi se acalmando e a pista foi enchendo, era a hora da valsa. Tentou escapar a todo custo mas não lhe foi possível,  sentiu duas mãos grandes a segurarem pela cintura.
Era ele. Só de lembrar dele seu coração já batia mais rápido. Ele tirou a taça da sua mão e a colocou sobre uma bandeja que por ali passava. Ele sorriu. Ela sentiu suas pernas tremerem e sentiu sua respiração ficar mais rápida, então a música começou, a sua favorita. 
Bela E A Fera. Era essa era a música que inundava o salão e fazia o nobre cavalheiro loiro dos olhos azuis a conduzir tão bem. Nada se falava, apenas sorrisos e olhares eram trocados. Quando a música acabou, sorriu para ela e ela balançou a cabeça em sinal de agradecimento e decidiu partir. Porém o rapaz não deixou. Segurou um dos seus braços, tomando a para si. Outra valsa começou só que dessa vez Danúbio Azul. A conduziu de forma majestosa pela a pista que já estava vazia. Quando a música acabou, ficaram um pequeno momento se encarando. Ela esboçou um tímido sorriso, ele outro. 
Ele conduziu sua mão até o rosto da jovem, a enroscou em seus cabelos e a beijou. 

Beijos
S.S Sarfati 

Ser adolescente é mais do que uma definição boba de dicionário ou alguma explicação complicada de biologia, ser adolescente é ser jovem e estar num mar de descobertas todos os dias, viver na incerteza das certezas, sofrer por antecipação, ficar com os olhos vermelhos de tanto estudar, chorar por amor as 18h e declarar-se as 21h, usando as palavras do sábio Camões, eu diria que ser adolescente é ferida que dói e nem se sente, fogo que arde sem se ver e dor que desatina sem doer.
Sentimos demais e temos sede de viver e embora as vezes mergulhamos em incertezas perigosas causadas pelas nossas inexperiências somos capaz de reviver tudo apenas para termos mais uma história para contar e sentirmos que menos um dia foi em vão. Na adolescência temos o Carpe Diem embutido no nosso inconsciente agindo de forma presente sobre nossas ações sem que nos demos conta.  
Somos inocentes, e pior, somos inocentes da nossa inocência e achamos que sabemos de tudo. Comemoramos que somos jovens com músicas mesmo querendo completar logo dezoito para tirar habilitação. É impossível dizer com palavras o que é ser adolescente, afinal, são tantas emoções acontecendo tudo ao mesmo tempo e agora...


Beijos

S.S Sarfati 

Estava aqui eu, me divertindo horrores estudando sociologia no mesmo tempo que eu poderia estar enrolada no cobertor vendo algum filme água com açúcar, quando me deparo com um tópico que me chamou a atenção: a mediação através da imagem.
A mediação através da imagem é quando a imagem faz o papel de "mediador" entre as relações humanas. Ou seja, sempre há esse tipo de mediação nas relações humanas. O problema é quando nós deixamos a imagem tomar conta de nossa conduta, julgamento e comportamento. 
Numa sociedade com valores tão supérfluos quanto a nossa, a imagem (infelizmente) toma conta de boa parte das relações humanas. Não que isso seja defeito de uns ou outros, pelo contrário, isso é defeito dos seres humanos de forma geral e essa sociedade não ajuda em nada diminuir isso.
Quando um rapaz é bonito ou faz estilo de galã, automaticamente esquecem o fato de que ele é humano, dotado de razão, emoção, personalidade, caráter, alma, defeitos, qualidades e outras características tipicamente humanas,  apenas pelo fato da aparência dele ser extremamente agradável e todas as pessoas passam a encara-lo como um pedaço de carne no açougue apenas se interessando em saber a respeito dos dotes físicos do rapaz soltando frases como "Noooooooooooooooossa, você é muito gato" ou "Vemk 999'" ou até "Que isso novinho, que isso?". Por trás do galã pode existir um rapaz tímido e inteligente, assim como pode existir um ridículo que todo mundo só atura por que é galã, mas no momento, fugirei dos temas clichês. Que ser elogiado a respeito da sua imagem é ótimo, ninguém discute. Afinal, a raça humana precisa dessa atração que surge entre nós para assim continuar existindo mas, quando apenas esse tipo de contato é levado em conta, todos os outros, igualmente necessários, acabam ficando em segundo plano as relações tornam-se mais supérfluas e não tão intensas quanto poderiam ser, ou seja, são relações frias e ficam concentradas apenas no âmbito físico, transportando o ser humano para milhões de anos atrás onde era apenas isso que importava, numa época em que o ser humano era chamado de "primitivo".
Estaríamos nós voltando para a época das cavernas quando se trata de relações humanas? Ou essa é uma característica crescente em muitos de nós e nos próximos anos isso só tende a se tornar algo mais frequente? Por que enquanto evoluímos em termos de tecnologia não conseguimos evoluir na mesma escala em termos de contato? Será que estamos deixando a razão instrumental tomar conta de nós esquecendo o nosso lado cognitivo? 

Beijos 
S.S Sarfati 

Como é de conhecimento de todos, no último final de semana houve o Exame Nacional do Ensino Médio, mais conhecido como ENEM e eu, no auge dos meus 15 aninhos decidi prestar pela primeira vez para saber como era uma prova desse tipo e tudo mais.
Preciso dizer que foi uma experiência memorável, não apenas pelo meu resultado, ou pela experiencia de ficar quatro horas e meia fazendo a prova, e sim tudo que envolvia o exame desde a inscrição até a ânsia de ver os gabaritos extra oficiais que saiam depois da prova. 
Lembro-me que decidi fazer a inscrição pouco depois que foram abertas, e na hora que eu fui me inscrever já era de noite, chovia muito e eu estava sozinha em casa! Deu muito medo! (Eu tenho medo de chuva). Dali alguns meses desse dia chuvoso, foi o tão esperado ENEM. Sábado, sai de casa meio dia e quinze, já que moro em uma cidade do interior e tudo é perto. Só que para o meu azar, uma das ruas próximas ao local da prova estavam em obras, ou seja, o transito estava parado a quilômetros do local da prova. Quando deu meio dia e quarenta, minha mãe e eu decidimos ir a pé (meu pai quem estava dirigindo) mas quando deu dez para uma ainda estávamos longe então, todo mundo na rua começou a correr, só sei que quando passei pelo portão grande da escola a moça gritou "FALTAM TRÊS MINUTOS!", nunca pensei que eu poderia ter tanto medo de uma única frase! Então decidi correr ainda mais, achei que fosse desmaiar antes de chegar ao portão oficial, mas, por sorte, cheguei a tempo. Cheguei na sala ofegante e vermelha, a fiscal da porta até aprendeu meu nome pela situação que eu estava! Pois bem, fiz a prova.
No segundo dia, a história foi BEM diferente: sai de casa meio dia e cinco e cheguei na escola meio dia e meia, e ainda deu tempo de encontrar uns amigos na frente! Foi tão bom! haha. Mas a melhor parte foi o Pós-ENEM, quando eu e esses amigos que encontrei na entrada decidimos ir para o Habbib's dar uma relaxada. Vocês deviam ter visto nós três na porta do Habbib's com o caderno de questões na mão comparando as respostas! Foi hilário!


Beijos

S.S Sarfati