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A ilusão é doce. Doce como chocolate. E quando comemos chocolate, sabemos que na maioria das vezes não deveríamos estar comendo mas nos vendemos aquela incrível sensação mesmo assim. Nós sabemos exatamente o que estamos fazendo quando nos iludimos. Nós sabemos onde aquele caminho pode nos levar  e mesmo assim, por isso, o seguimos. Em outras palavras, nos iludimos por que queremos. Queremos aquele sentimento que nos leva ao nirvana mesmo sabendo das suas consequências devastadoras. Nós queremos aquele prazer momentâneo a qualquer custo.
Somos bombardeados pela verdade a todos os momentos. Sim, nós somos. Mas fechamos nossos olhos para ela, afirmando que ela nem é tão verdadeira assim. Nós transformamos a verdade em meia mentira. Meia mentira por que nós sabemos que é verdade, não queremos aceita-la mas ficamos com peso na consciência em transforma-la em mentira.
Ai vem a desilusão. E como dói. Dói mais do que tudo. A desilusão é salgada. Deixa um gosto ruim na boca. Acho que a pior parte é ouvir de si mesmo "Eu te avisei". E você sabe que você está certo e que você deixou-se iludir. Deixou-se levar por uma promessa de ir a lua e voltar. Deixou-se levar por expectativas que você criou em cima do nada.
Ou seja, a desilusão é agridoce. 

Beijos 
S.S Sarfati


Cá estamos em Junho de 2013. 
Passou rápido, não passou? Admita, você está contente com isso, principalmente se você é estudante. Por que estar em Junho significa que em Julho não tem aula. E se você não é mais estudante, está particularmente animado com a copa das confederações. Terá meia dúzia de jogos do Brasil e talvez isso crie oportunidades de você se encontrar com uma galera. Não tenha vergonha de admitir isso. 

Eu sei que nesses tempos de "revolta", todos aqueles que admitem gostar de algo mais "banal" são extremamente julgados. Aliás, você que só anda falando nisso nos últimos dias,  por favor pare. É monótono. E quase tão chato quanto você. Quando você fica falando disso repetidamente nas redes sociais, tudo o que demonstra inaptidão social, por que você não sabe a hora de ficar queto. E carência. Por que ficar falando disso sem parar no twitter e no facebook demonstra claramente que tudo o que você precisa é de atenção. Aprenda diferenciar a hora de observar e a hora de agir. E não adianta usar trechos do hino nacional para se justificar por que tudo o que você estará demonstrando é que sabe ler e minimamente interpretar. Falar sobre isso nesses tempos é algo natural, mas quando isso torna-se o único assunto, fica monótono demais. Monótono por que esse é o único adjetivo para classificar sem ofender uma pessoa que só fala sobre um tema. A pergunta que fica no ar é: se tudo isso está indo também contra a manipulação midiática, você ficar falando disso em redes sociais o dia inteiro não coloca-o na posição de manipulador social também? Isso lembra-me a "Revolução Dos Bichos".

Isso me faz lembrar todas as revoltas e as verdadeiras revoluções que estudei na escola: lá só estudamos a revolução/revolta em si. Em momento algum paramos para estudar a sociedade em que ela ocorreu. Não paramos para pensar e estudar que a vida das pessoas continuava seguindo seu curso naturalmente. Sim, em meio a Segunda Guerra Mundial havia meninos e meninas que só se preocupavam em ter sua paixão correspondida. Sim, em meio ao AI-5 havia meninos e meninas que só estavam preocupados em superar um fora. Sim, em meio a queda das Torres Gêmeas eu só me preocupava em saber aonde estava a tampa da minha canetinha... E ter outras preocupações não faz nem de mim nem de qualquer outra pessoa menos inteligente. As vezes estamos tão preocupados com as causas externas que nos esquecemos da humanidade que há dentro das pessoas. E isso é algo tão egoísta. 

Revolução de 2013, Revolução dos Vinte Centavos ou Revolução Do Vinagre? Bem, não faz diferença. Ou não deveria. Por que quando o nome da revolução vai a discussão, claramente percebe-se que o intuito é aparecer. Aparecer nos livros de história, livros que muito dos que discutem nunca leram. Acho que tudo o que posso afirmar é que se esse movimento der algum resultado realmente revolucionário, vou adorar escrever um romance sobre. Inclusive, já até pensei no título :X 


Beijos
S.S Sarfati

Sami acordou. 
A morena de pele branca como o leite abriu seus olhos castanhos e se deparou com um com algumas mechas do seu cabelo de forma desorganizada tapando sua visão. Jogou o cabelo para trás e sentou-se. Estava na sua cama e vestia apenas uma camiseta branca com alguns escritos em preto. Era um bocado larga, logo ela pertencia a Noah. Aliás onde ele estava? 
Olhou do outro lado da cama, esperando encontrar ele. Nada. Mas a sua parte da cama estava desarrumada, o que indicava que ele havia dormido lá. Bom sinal! Por que pelas sensações que tinha, tudo indicava que eles haviam brigado ontem a noite.
Ela ao menos conseguia lembrar o por que? 
Levantou-se e se pois a caminhar procurando por ele:
-Noah, cadê você? Por favor, venha cá. Eu acho que nós deveríamos conversar... Sabe, semana passada eu estava lendo um texto do departamento de psicologia lá do jornal, e vi que não podemos deixar uma briga sem resolução... Aliás, por que nós brigamos noite passada? - ela ficou poucos instantes quieta enquanto procurava na cozinha por uma caneca para colocar o café - Noah, você não pode ter ido embora! Isso não combina com você! Noah, por favor apareça! O apartamento nem é tão grande! - E então o rapaz apareceu na porta da cozinha com a mesma camiseta preta da noite anterior, bermudas e descalço assim como ela. Consigo carregava um capacete. 
-Bom dia amor.
-B-Bom dia? - disse a menina espantada com o capacete em suas mãos.
-Dormiu bem?
-Dormi e você? 
-Também. Você disse que deveríamos conversar né? Bem, vamos conversar então - disse o rapaz colocando o capacete na cabeça.
-Noah, por que você está usando um capacete na cozinha? E por que o telefone tá do outro lado da sala?
-Você não se lembra de nada, meu amor? Ontem, antes de você sair correndo pela porta você jogou o telefone do outro lado da sala. Em mim.
-Em você?
-Em mim.
-Certo... E o que mais? 
-Nada. Eu fui atrás de você, você chorou, me abraçou, disse que me amava, que tava assustada, que era para eu não te deixar sozinha... O que é estranho, por que você me mandou embora daqui instantes antes...
-Noah, perdão. Eu não sabia o que estava dizendo.
- ...E no fim, disse que queria que eu te protegesse. E eu disse que tudo bem. Que sabíamos tudo sobre o outro, e que se eu aprendi alguma coisa nesses anos todos de convivência contigo é que você é apenas a mulher mais linda, mais maravilhosa e mais carinhosa e amorosa que eu posso conhecer. E para a minha sorte, você gosta de mim tanto quanto eu gosto de você.
-Noah, por favor, pare. Eu vou chorar. 
-Não chore pequena - disse o rapaz caminhando em sua direção envolvendo-a em um abraço - Você é a melhor coisa que já me aconteceu. ME-LHOR - disse ele segurando o rosto choroso da moça com as duas mãos - Eu te amo. 
-Oh Noah! Eu também te amo! - disse ela caindo em choro - Será que você poderia tirar esse capacete? 
-Sem objetos voadores?
-Sem objetos voadores - risos de ambos e ele colocou o capacete em cima da mesa - Noah, que dia é hoje?
-Dia 12. Por que?
-Noah, hoje é dia dos namorados!
-O que?!
-Não me diga que você esqueceu! Eu comprei presente para você!
-Tipo aquele vidro de perfume verde cujo a caixinha branca estava enrolada em uma fita vermelha com um cartão que dizia "Para o homem da minha vida. Com amor, Sua"?
-Onde você achou isso?
-No seu guarda roupa. Por que você está surpresa? Eu estou até usando o presente que você me deu!
-Por que você estava mexendo lá? Por que você não deixou para usar hoje a noite?
-Por acaso você vai dormir vestida apenas gotas de Channel N°5?
-Se eu tivesse um. Por que não?
-Agora você tem um. 
-Bem, isso se tornou uma possibilidade então. 
-Sami, você reparou no que está vestindo? 
-Uma camiseta sua? 
-Você já reparou no que está escrito nela?
-Não - disse a menina tentando ler o que nela estava escrito.
- "Stay, Stay, Stay", agora vire-se, "I've been loving you for quite sometime"*
-Noah, de onde veio essa camiseta?
-Eu não faço ideia.



Beijos
Feliz dia dos namorados! 
S.S Sarfati 
PS: Esse conto foi baseado nessa música da Taylor Swift. Espero que gostem! (:
* "Fique Fique Fique, Tenho te amado já faz algum tempo"


Acredite, acredito, acreditei e acreditarei.
É apenas uma palavra, mas se ficar repetindo-a diversas vezes ou, até mesmo, ficar conjugando-a em todos os tempos verbais da nossa língua (é gente, acontece. Tem louco para tudo nesse mundo - Tipo eu.) você verá quanto poderosa ela. 
Ela te impulsiona, ela te leva, as vezes, até te carrega.
É, dói falar isso, mas as vezes não temos forças para irmos sozinhos. E essa palavra, assume o lugar dos nossos pés e nos leva até onde nós queremos ir.
É tão curta e tão poderosa...
Isso me leva a crer que não importa o que te digam ou que deixam de dizer, o que façam, por que sim, você tem que acreditar.
Você tem que acreditar em algo. 
Tudo na nossa vida é fruto do acreditar. 
Tu-do. 
Desde nossa existência. Imagina se não acreditássemos que o que vivemos é de fato real? Se acreditássemos que tudo isso não passa de Deus jogando The Sims ou fruto de uma mente em coma? 
Acredite. 
Acredite por que vale a pena.
Acredite por que é assim que tem que ser.
Apenas acredite. 
E deixe "acreditar" fazer sua mágica. 


Beijos
S.S Sarfati 


É tão difícil saber quem mudou! Fui eu ou foi você? Ou foram ambos? Ou nenhum de nós? 
Mudanças são complicadas e ponto final. Um ponto bem grande para ninguém ter dúvida de que é uma afirmação inquestionável. 
Eu passei por várias coisas nesses últimos dias. Talvez você não saiba. E eu acho que você também passou por várias coisas nesses últimos dias. Você nunca vai me contar a realidade, mas eu posso senti-la.
Será que você passou mesmo? Ou será que isso que eu sinto é a sensação de te ver sob outros olhos? Será que você mudou para mim por que, antes de tudo, eu mudei para eu mesma? 
Ou isso é tudo uma ilusão? Ainda somos iguais? 
E se formos? Será que isso é bom? Não mudar pode não ser bom... Mudanças significam revolução. 
Vale a pena brigar? Vale a pena discutir? E se afastar um pouco talvez? 
Será que devemos nos afastar, para assim, sozinhos, nos prepararmos para uma grande mudança? Mas por que não fazemos isso juntos?
Juntos pode ser mais legal. Juntos precisaremos de paciência. Será que nós temos? Será que somos maduros ao ponto de termos paciência? Não apenas com o outro, mas com nós mesmo? 


Beijos
S.S Sarfati


Eu acho isso difícil. Não aguento esperar muito para viver. Sou daquelas que diz: eu quero viver e quero viver agora! Talvez, por isso que eu tenha nascido prematura. Haha.
É muito difícil viver com muitas perguntas cujo as respostas você sabe que só virão com o tempo. O tempo torna-se malvado. Nosso pior inimigo. Um monstro. Um monstro feio e que parece que quanto mais dias riscamos da folhinha, menos o tempo passa.
Dar tempo ao tempo significa entregar nossa vida na mão de um estranho genioso que pode, sem nos consultar, mudar nossa vida para a forma em que ele  achar melhor. E não vamos nos iludir: o tempo nunca pergunta nossa opinião para nada.



Beijos
S.S Sarfati


Ao me pegar escrevendo esse título, mil e uma ideias surgiram na minha mente. Mas não! Decidi manter-me firme ao meu propósito e escrever sobre o que disse a mim mesma que iria escrever.
As vezes, por algumas razões que o próprio acaso desconhece, conhecemos certas pessoas. Algumas pessoas não fazem diferença alguma , mas outras, nossa, que diferenças elas fazem! 
E essas pessoas, parecem ser super diferentes de nós. Tão diferentes de nós que o nosso convívio e amizade parece obra de força maior. 
E nós curtimos isso. Quero dizer, pelo menos eu curto isso. Estar com alguém diferente ,com ideias, experiências e vivencias diferentes é sempre algo naturalmente exitante. Descobrir o novo. 
E por ser tão exitante, passa-se muito tempo com essa pessoa. E ao passar tanto tempo com essa pessoa, percebe-se que de diferente a pessoa não tem nada. Ela é igualzinha a nós. 
Mesmos pontos de vistas, gosto musical, vontades... Mas tudo camuflado por uma roupagem de personalidade própria. 
E então o diferente torna-se igual. Falando assim, parece algo chato. E talvez seja. Mas ai percebemos, que o que fazia do convívio com aquela pessoa exitante não era as diferenças, era o descobrir algo novo a cada conversa. E isso,  pode continuar sempre acontecendo. Afinal, cada pessoa um mundo.



Beijos
S.Sarfati