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Repousa em meu coração certo alívio, nele não há mais dúvidas. Tampouco há certezas, mas dúvidas não permanecem por lá. Não mais. Talvez eu estivesse perdida, não acho que me encontrei, mas sei por onde não devo ir ou o que não devo fazer. Quero ser feliz. 
Quero gritar aos ventos os motivos fúteis que alegram meus dias e os motivos complexos que me entristecem. Quero poder chorar uma vitória e comemorar uma vitória. Quero apenas ser eu.
Não há como não negar certa tristeza, esperanças mentirosas costumam nos consolar, mas nos livrar de mentiras que consideramos verdade nos dá mais fôlego de seguir em frente. Quero vida longa.
Vou viver intensamente aproveitando as poucas certezas que tenho e tomando cuidado para não transforma-las em dúvidas, mas o contrário está liberado. 
Não quero me arrepender, mas me orgulhar dos erros e mancadas. Quero olhar para trás e dizer que faria de novo só pela emoção. Quero me sentir mais vezes como me sinto agora: completamente e totalmente aliviada por ter me arriscado e quebrado a cara.
Estou de cara quebrada, mas quebraria de novo só para sentir essa adorável dor percorrer meu corpo e me eletrizar. Quero uma música alta e animada para correr. Uma rodada para todos por minha conta, por favor. Quero gritar para todo mundo que quebrei a cara e principalmente que sobrevivi. Este rostinho lindo já está pronto para ser quebrado novamente. 
Espero estar com a cara quebrada não só hoje, mas muitas outras vezes. 
Quero uma vida melhor e mais vívida, com cores mais intensas e um pouco mais de movimento. E não há mal nenhum nisso.
Quero poder ser eu mesma o tempo, sem restrições. Não quero ser obrigada a escutar bobagens ao meu respeito ou foras mal elaborados. Já que é para partir meu coração, parta com gosto, de verdade. Faça isso direito. Não faça isso mal feito tentando colar os pedacinhos que você mesmo quebrou, eu os colarei. Do meu jeito. Ou talvez nem cole. Ai já é problema meu. Não se preocupe comigo, já sou grande e sei me cuidar. Nunca quis alguém que bancasse meu pai. Pai eu já tenho. Ou nem tenho direito, mas como eu disse, é problema meu.
Quero emoções a flor da pele e que sejam eternas enquanto durem. Quero que o poeta esteja certo sobre mim ao mesmo tempo que quero ter o prazer de dizer a ele que estava errado. Quero ser a regra, mas quero ser ainda mais a exceção. Quero uma vida glamurosa, quero uma vida simples. Quero tudo, quero nada. Quero ser livre.  

Beijos
S.S Sarfati


Em um dia como hoje eu posso ter perdido o cara, mas eu ganhei experiência. Ganhei umas mágoas, um papel de trouxa, um pouco de orgulho ferido, mas não morri. Ganhei um pouco mais de amor próprio, um pouco mais de orgulho para compensar o que foi ferido. Ganhei um coração partido de pequeno porte para a coleção que tenho feito no caminhar para vida adulta.
Perdi um pouco de tempo tentando assimilar a situação, perdi mais tempo ainda tentando ver onde errei e perdi mais tempo ainda tentando calcular quanto tempo perdi tentando me convencer do fato de que não fiz nenhuma bobagem e ai que foi meu erro: eu não fiz nada. 
Eu nunca tentei ganhar o cara. Eu só sentei e esperei as coisas se bagunçarem e darem errado a minha volta, mas sabe de uma coisa? Eu cansei. Eu cansei de ter medo que as coisas pudessem dar certo só por já saber lidar com as coisas quando dão errado, o fato de ser boa em lidar com situações ruins não quer dizer que necessariamente eu só precise lidar com elas. Eu posso me dar o luxo de ter bons momentos de vez em quando, eu não preciso viver em guerra comigo mesma o tempo todo. 
Eu cansei de tentar controlar cada passo que dou. Eu posso controlar o que faço, mas não como as pessoas recebem ou o que elas fazem. 
Eu quero ser espontânea? Então daqui para frente eu serei espontânea. Eu sempre me escondi por trás de ações tão bem calculadas que eu deixei de ser eu mesma. Eu sempre tentei ser tão certinha e respeitar os pensamentos e desejos de todo mundo que esqueci dos meus. Eu abdiquei de mim mesma para uma dúvida, por um mísero fio de esperança que eu nem sei se estava lá mesmo.
Eu acho que perdi tudo por ser tão milimetricamente controlada, por ter uma estratégia para cada passo que eu dei até hoje, por ter encarado o amor como um campo de batalha e por ser presunçosa o suficiente por achar que eu tinha a melhor estratégia só por que sei da minha capacidade analítica. Só por, no fundo, confiar demais nas minhas habilidades e sagacidade. Eu me perdi em mim mesma. Eu perdi por não entender que o amor não é um jogo de estratégia e que vence o melhor.
Eu estou completamente afundada então por que não me afundo um pouco mais? Por que não tento colocar os pés no fundo da piscina mesmo que para isso eu tenha que abrir o olho de baixo da água? Ninguém nunca morreu por fazer isso.
Eu não sei como lidar da maneira correta com esse tal de Amor. E talvez nem queira saber, sei que há mais desajustados como eu. Eu poderia estar chorando, mas comemoro algo muito maior do que um amor bem sucedido ou não: eu mesma. E o texto que acabei de fazer.

Beijos
S.S Sarfati


Eu já disse um milhão de vezes, mas vou dizer outro milhão: em 2014 me formei no Ensino Médio e na escola onde estudo o terceiro ano faz uma despedida perante ao restante da escola e quem escreveu o texto da minha turma fui eu e como eu gostei muito (sucesso de público e crítica também) eu decidi compartilha-lo. Como é um texto de despedida da minha turma, tem algumas piadas internas (como a parte que falo de cada professor) e que a maioria das pessoas não vão entender. Ao contrário do que eu costumo escrever, não é um texto com verdades universais. De qualquer forma, espero que gostem:


Quando somos novos nunca temos a impressão que este momento vai chegar, que um dia vamos estar nos despedindo do Ensino Médio, da escola e de toda uma fase importante da nossa vida. Todas as fases são importantes, isso é fato, mas é nesta fase que nós passamos a construir nosso mundo, nossa identidade e, talvez o mais importante, o mundo que queremos viver e as pessoas que queremos ser, ou seja, começamos a construir nosso futuro.
A época da escola é a única época em que vivemos pensando no presente para pensarmos no futuro. São muitos desafios e muitas decisões a serem feitas. E como se não fosse só isso, temos todo um grande contexto em nossa volta que não somos capazes de influenciar em nada, mas que mesmo assim devemos aprender a viver com isso sendo sempre fruto da consequência de decisões que não tomamos. Efeitos colaterais.
Pois então, no dia de hoje, damos adeus a momentos que achamos que seriam eternos ou que, no mínimo, iriam demorar mais para chegar. Vamos dizer tchau as noites mal dormidas, as lições de casa esquecidas, as duplas de três, aquela conversinha fora de hora, aqueles comentários sem sentido, mas ainda sim engraçados. Nós vamos sentir falta também, e principalmente, das pessoas que compuseram o terceiro C, afinal sem as pessoas nenhum destes momentos seriam possíveis: das pessoas engraçadas, das pessoas mais sérias, das pessoas mais falantes, das pessoas mais quietas, das mais esforçadas e até das pessoas que não estão mais conosco, que foram buscar a felicidade em outro lugar.
Vamos sentir falta do seu Saud sempre tentando nos dizer que o caminho mais fácil é o da regra, mesmo sabendo que, por conta da idade, muitos de nós só entenderemos isso no futuro. Vamos sentir falta dos professores também: sempre tentando nos ensinar da melhor maneira, mesmo que seja do jeito deles. O que seria toda nossa educação sem essas bravas pessoas que tentam nos ensinar mesmo quando parecemos não estarmos muito afim de aprender? Mesmo tentando evitar vamos sentir saudades daquele professor que conta piadas que rimos só para não pegar mal, daquele professor que diz que se não estudarmos teremos uma árvore no nosso lugar na foto de formatura, daquela professora que sempre tem um filme para tudo, daquele professor que agradece ao Papai o Céu pelo silêncio que a sala vai fazer, daquele professor que nos ensina com questões de final de semana, daquela professora que faz perguntas ela mesma sobre a matéria, daquele professor que diz que somos carentes, daquele professor que diz para apenas respirarmos na aula dele e até daquela professora que gosta do Padre Fábio de Melo. Talvez saudades nem seja a palavra ou sentimento certo, talvez o que vamos sentir mesmo é falta - como se algo que antes nos completasse agora não estivesse mais lá e tivéssemos que completar por nós mesmos.
Sabemos que no futuro tudo isso será apenas uma memória distante, que não iremos mais ligar para as provas que fomos bem ou não, para as atividades que deixamos de entregar, para aquele colega que não parece simpatizar muito ou até mesmo para aquele professor que nos irrita. Iremos demorar  para lembrar o nome de todos os nossos colegas, quem ensinava cada matéria, aonde foi a sala que estudamos e outros detalhes que hoje aos nossos olhos parecem coisas simples demais para nos preocuparmos. Devíamos ter realmente aproveitado o dia.
Passamos várias horas da nossa vida na escola, muitas vezes contra nossa vontade e até mesmo reclamando. Já repararam como reclamamos? Reclamamos de boca cheia. A escola é o único lugar onde temos liberdade de errar sem sermos julgados, de falhar podendo tentar de novo e de ter sempre alguém pronto para nos ajudar.  Estamos chegando ao melhor fim que poderia existir: o fim do começo das nossas vidas. 


Eu acabei de terminar o Ensino Médio e eu me sinto invencível. Como se eu fosse capaz de realizar tudo o que eu quiser, nada é grande demais ou pequeno demais para mim: mais do que nunca eu quero viver, descobrir, ver e sentir. Eu quero fazer minha vida valer a pena, eu quero fazer da minha vida uma boa história para ser contada. Em hipótese alguma eu quero um dia olhar para minha vida e sentir fiz tudo o que eu queria fazer então passar a esperar morte me arrastando pelos dias que eu durar. Eu quero me sentir para sempre  do jeito que eu me sinto hoje.
Claro que eu sei que o que eu posso mudar da minha vida hoje, não é a mesma coisa que eu vou poder mudar com trinta ou cinquenta anos e que daqui para frente eu vou ter que começar a aceitar as limitações que o tempo me impõe, mas o tempo todo vou ganhar alguns limites e perder outros, em todas as fases da minha vida. Se hoje eu já olho para quem está entrando no Ensino Médio e penso como era quando eu estava no lugar deles e sinto saudades de todos os sonhos que eu tinha naquela idade, imagina o que eu vou estar fazendo comigo mesma aos sessenta se eu deixar? 
A questão não é a saudades que eu tenho daquela época por que saudades é algo perfeitamente aceitável e até saudável, o problema estar em concentrar todo o êxito que eu poderia ter tido na minha vida em uma época passada e distante, como se daqui para frente eu não pudesse alcançar nenhum êxito ou descobrir nada novo. 
O que as pessoas esperam que eu faça daqui para frente é, basicamente, o seguinte: faça faculdade, arrume um bom emprego, me case, continue trabalhando, tenha um filho ou dois, crie eles direito (o que significa até eles irem para a faculdade) e ficar torcendo para que os netos apareçam. Minha vida não pode se tornar só isso, eu não posso deixar que minha vida se torne só isso. 
Por que algumas pessoas comemoram a saída do Ensino Médio e outras lamentam? Essas vêm a saída do Ensino Médio como o início de uma vida possivelmente gloriosa e estas vêm a saída como se daquele momento em diante elas tivessem que lidar com o início do declínio de suas vidas. Tão novos e tão derrotados com opções para a vida que eles não se lembram de terem feito, talvez por que nunca fizeram tais opções ou por que tiveram medo de escolher outras opções diferentes das que tiveram como modelo a vida toda. 
Claro que cada um faz a escolha que acha melhor para sua vida, mas em momento nenhum deve-se desistir de alcançar o seu ápice por acreditar que o ápice já chegou: o segredo da esperança é achar que o ápice sempre está por vir. 
Então não ache que é normal desistir e desleixar-se por medo de ser alguma coisa diferente do que você está acostumando, não ache normal sentar e esperar a morte. Faça uma escolha nova para sua vida todos os dias e não aceite o que vier passivamente. Lute pelo que você quer e não se esqueça que esperar pela morte não é uma decisão e sim a ausência dela.

Beijos
S.S Sarfati


Antes de eu tentar explicar a frase, vou falar sobre o fato de geralmente eu compartilhar meus planos para o mês no primeiro dia e este mês estar fazendo isso no meio do mês: eu estou de férias, simples assim. Eu não ando pensando em absolutamente nada. Nadinha, muito menos escrever. Inclusive, acho que este é o primeiro texto que escrevo em 2015. Eu ando vivendo um dia de cada vez, sem grandes expectativas, planos ou lições, por isso não tenho sobre o que escrever.
Na realidade eu tenho sobre o que escrever, só que o ato de escrever é pegar uma situação comum e colocá-la em uma perspectiva diferente e a minha atual perspectiva é tão comum que qualquer coisa que eu escrever vai ficar sem graça. E eu me recuso a escrever algo sem graça. 
Até ler tem me deixado preguiçosa, por isso tenho assistido filmes. Um filme por dia, inclusive tenho pensado em falar sobre eles por aqui de alguma maneira legal, mas não sei. Filmes são maneiras interessantes de analisar as pessoas ao mesmo tempo em que analisamos a nossa vida, em alguns momentos vemos nós mesmos do lado de fora e assim podemos perceber se estamos passando a imagem que nós queremos passar, como se testássemos outras vidas sem sair do conforto do nosso sofá caso tudo dê errado (e ver o que podemos fazer para que tudo dê certo).
Agora sobre o título: embora a vida seja uma estrada contínua que não pare só por que começou outro ano, a mudança de ano é simbólica o suficiente para que acreditemos que no mês do Ano Novo tudo vai ser melhor e eu, por mais do contra que eu seja, não consigo não pensar nisso. Eu não consigo não ficar animada com um novo ano que se inicia e pensar que talvez este ano as coisas possam ser ainda melhores que ano passado. Apesar do que todo mundo estava dizendo por aí, eu gostei bastante de 2014. 
Janeiro é o único mês que não temos bagagem alguma daquele ano e estamos completamente livres para bombar ou afundar completamente nosso ano. Eu espero consegui afundá-lo o mínimo possível. Espero me reunir bastante com pessoas que me fazem bem e feliz e que eu consiga me centralizar o suficiente para o resto do ano (e que eu volte a escrever!)

Beijos
S.S Sarfati


Ela se olhou no espelho e arregalou seus olhos grandes verdes: não acreditava no que ela estava vendo, ela estava maravilhosa! Ela poderia se achar maravilhosa, mas gostaria de saber a opinião de mais alguém, só para ter certeza. Caminhou até a beirada da escada e gritou:
-Mãããããe, vem cá?! Eu preciso saber o que você achou da minha roupa!

****

-Noah, você vai levar Brenda para a festa da amiga dela daqui a pouco, né? – perguntou Sami enquanto caminhava entre a sala e a cozinha a procura do seu tablet.
-Que festa? – perguntou Noah enquanto assistia à televisão.
-Aquela festa que ela comentou semana passada. Você disse que a levaria. Você não se lembra?
-Está aqui, amor.
-O que está ai?
-O que você está procurando, seu tablet. Bem aqui – disse ele sinalizando com o tablete na mão – Agora você pode vir aqui pegar seu tablet e me dizer que festa é essa que eu vou levar a Brenda?
-Eu não queria realmente o tablet. Só queria saber onde ele estava.
-Mas você vir me contar sobre a festa?
-Ah, claro! – disse ela caminhando em direção ao sofá e sentando-se ao lado dele – O que você quer saber?
-Tudo.
-É naquele buffet que você foi semana passada trabalhar, lembra?
-Aham. De quem é essa festa?
-De uma menina da sala dela. É de quinze anos.
-Ela disse o nome da menina?
-Claro que disse, mas eu esqueci.
-Vai ter meninos nessa festa?
-O que você acha?
-Merda. Ela é muito nova para ir numa festa com garotos.
-Ela tem quatorze anos!
-Eu sei disso...
-Pense no que você fazia quando tinha quatorze anos.
-É por isso que eu não quero que ela vá... Poxa Sami, ela é minha caçula. Eu me lembro de segurar ela no colo até outro dia.
-Eu me lembro de segurar os três no colo até outro dia.
-Eu sei Sami, mas ela é minha princesinha, eu não quero que ela cresça!
-Eu não queria que nenhum deles crescesse.
-Eu deixo os outros crescerem, mas ela fica criança. Me chamando de papai e perguntando se eu posso ser o príncipe dela! Eu não quero que outro seja o príncipe dela!
-Oh Noah, ela já cresceu. Não tem como voltar atrás. Além do mais, seus dias de príncipe acabaram.
-Assim você me magoa.
-Mas você tem seus dias de rei pela frente, ao meu lado.
-Te amo minha rainha – disse ele dando um beijo estalado na bochecha dela.
-Também te amo Noah.
-Eu achei que era seu rei.
-E você é.
-Mãããããe, vem cá?! Eu preciso saber o que você achou da minha roupa!
-Por que você não desce querida? Aí o papai também pode ver e dar uma opinião masculina.
-Mas de onde você tirou que eu quero dar uma opinião masculina na roupa da minha filha?! – disse ele baixinho.
-Mas é por isso que eu não quero descer, eu não quero que ele veja!
-Ele vai ver de qualquer jeito.
-Mas ele vai reclamar!
-Agora eu estou curioso e quero ver!
-Ele vai se comportar. Desce aqui.
-Você sabe que eu não vou.
-Cala a boca Noah, claro que você vai.
E ela desceu a escada até o final.
-Você está maravilhosa! – exclamou Sami
-Você acha?
-Eu tenho certeza.
-Mesmo papai?
-Sim e é por isso que você vai trocar de roupa.
-Papai!
-Noah!
-Você me pediu minha opinião, ué.
-Mãe!
-Noah! Você está maravilhosa. Eu não sei como você vai encarar isso, mas você está a minha cara quando eu tinha sua idade, só que com os olhos verdes do seu pai. Você puxou o melhor dos dois – disse ela rindo.
-É verdade papai?
-O que?
-Que eu estou parecida com a mamãe.
-Você está assustadoramente parecida com ela. Ambas maravilhosas.
-Obrigada papai – disse ela abraçando o pai.
-Mas eu ainda acho que você deveria trocar esta saia.


Beijos
S.S Sarfati


Eu nunca tinha parado para pensar o quanto é celebrada a virada do ano. É uma festa sem iguais onde todo mundo está feliz pelo final de um ano e começo de outro. A celebração o ano novo é a única festa onde todas as pessoas reunidas estão esperançosas por um futuro melhor sendo que se pararmos para pensar dia 1° de Janeiro poderia ser facilmente só mais um dia corrido de Dezembro e o dia 25 de Setembro poderia ser o início de novos tempos. Não estou dizendo que não celebro o ano novo, que não gosto desse clima de recomeço, só acho que em geral atribuem um peso excessivo a uma data sendo que ela por si só não vai mudar nada. A esperança é o sentimento mais poderoso que há, mas a esperança antes de tudo deve ser em si e não que algo vai mudar magicamente. Outra coisa curiosa sobre esta data é que fica-se tão feliz com o começo do novo ano que não percebe-se o quanto próximo do final é, enquanto este é visto como algo tão odiado, esse é visto como algo extremamente amado mesmo antes da sua chegada, como um bebê. E caso esse bebê não seja bem cuidado ele vai ser tão mal criado e birrento quanto o bebê chamado Ano Velho. Odeiam e amam coisas que estão sempre muito próximas uma da outra. Um ano só é velho por que o outro é novo.
Já que hoje foi o dia escolhido para que todos recomecem juntos em uma grande união, eu desejo para todos um ótimo recomeço e que todos alcancem seus objetivos sempre compartilhando com aqueles que sempre estiveram presentes e que também estão com suas próprias batalhas de recomeço. E que nunca nos esquecemos que estamos todos juntos nesse recomeço traduzido para: feliz 2015! 

Beijos
S.S Sarfati