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Você que está lendo este texto, seja homem ou mulher, consegue listar no mínimo 5 amigas ou conhecidas que mudaram desde a forma de agir até as roupas que vestem depois de começarem a namorar. E nem estou falando de trocar saias mini por saias abaixo do joelho, estou falando de, de repente, algumas meninas vestem a fantasia de "namorada dos sonhos" e passam todas a agirem da mesma maneira. Todas com a mesma risada vaga e cabelos milimetricamente arrumados. E no fundo a "namorada dos sonhos" nem existe realmente, é tudo esteriótipo. 
Querer estar bonita com alguém que se gosta é ótimo, o problema é quando ocorre uma perda de identidade, quando algumas meninas acham que só porque estão com um cara considerado "bom partido" elas devam agir como "boas moças" agem. Balela! 
As meninas se transformam em verdadeiros troféus ambulantes pois acham que precisam dar orgulho para o cara que "escolheu" elas, como se o que elas fossem naturalmente já não desse orgulho. E isso cai naquela velha coisa do tempo da minha avó que diz que mulher deve ser santa em público e uma piranha em particular. Vó, mulher é o que quer na hora que quer!
Esse esteriótipo de casal feliz "bom moço/boa moça" é tão tóxico e retrógrado que cansa precisar argumentar contra. Não é porque esse é o modelo de felicidade romântico que colocaram na cabeça das pessoas, especialmente das meninas, desde crianças quer dizer que isso seja felicidade de fato. Talvez a felicidade de alguns seja estar com um cara sem emprego estável ou até mesmo não estar com cara nenhum.
Uma coisa que eu quero deixar bem claro para as meninas: você não é um troféu. Nenhum cara precisou "ganhar" você, vocês apenas se escolheram mutuamente. E não leve isso para o lado da ofensa porque não é. Isso só te livra do peso de ser perfeita e te permite ser apenas você mesma, com suas qualidades e defeitos. O cara com quem você está deve sentir naturalmente orgulho de quem você é e se ele não sente, desculpe-me, mas ele é um babaca e vocês deveriam terminar. Você não precisa ser nenhuma princesinha se no fundo você era uma maluquinha. Quando ele te conheceu ele sabia como era o seu jeito e foi esse jeito que atraiu ele. Você não deve achar que precisa ser uma namorada invejável para os amigos dele, amigos de verdade não sentem inveja. Garota, você não é a conquista de um cara, portanto, pare de agir como tal. 

Beijos
S.S Sarfati


A parte ruim de gostar de acompanhar as pessoas de perto é que elas te decepcionam em algum momento da trajetória. Quem ainda não te decepcionou, vai te decepcionar e quem já te decepcionou, com sorte, não vai mais fazer isso. A vida é sobre escolher quais decepções você vai levar a sério e quais você vai escolher relevar. Eu mesma vivo me decepcionando com as pessoas, mas advinha só, elas valem a pena, exatamente do mesmo jeito que elas acham que eu valho a pena. Amizade sincera é uma troca feliz de decepções. Só quem já se decepcionou com alguém sabe quantas formas diferentes você ser decepcionado e decepcionar, mas, particularmente, a forma mais imperdoável de decepção que há é quando a pessoa torna-se alguém totalmente diferente do que aquele quem você costumava conhecer.
Claro que mudanças são sempre bem vindas, mas quando você se torna alguém tão diferente ao ponto que quem te conheceu antes não te reconhece mais, é hora de pensar no que fez: para quem você mentia antes, para você mesmo ou para o mundo? Ou você mente agora?
Não acredito em mudanças bruscas quando se trata da personalidade das pessoas, você até pode fingir por um tempo, mas um dia a verdade transparece e nem sempre é de uma maneira sutil: no melhor dos casos ela vem como uma epifania a qual você pode escolher ser quem você realmente quer ser, ou, no pior deles, você se torna infeliz e nunca percebe o porque e passa a culpar o mundo pela sua infelicidade sendo que foi você mesmo que cavou seu próprio buraco.
É muito fácil sentar deixar o ambiente e as pessoas que convivem com você moldarem sua personalidade, você nunca vai estar de fora. Você sempre será exatamente o que as pessoas querem que você seja e então, quando o dia que você não suportar a prisão que é sua vida, você vai surtar e magoar as pessoas que de fato se importavam com você. Só que não é bem você, era aquela pessoa que você era, mas você estava mentindo antes do surto ou o surto só foi para agitar sua vida e você está mentindo agora?
É complicado quando se é um jovem adulto pensar que as escolhas que você faz e as experiências que você tem ou deixa de ter vão determinar quem você terá com cinquenta anos. É uma fase miserável por que vivemos o hoje para pensar no futuro. E é muito fácil estragar uma das fases pelo simples fato de que enquanto jovens mal sabemos lidar com o presente quanto mais com o futuro.
Você precisa ser muito consciente enquanto qual é a sua essência e ser fiel a ela. Não há problema fazer alguma coisa super fora da sua zona de conforto, na verdade é fora dela que sua vida começa, mas você não pode trair a si próprio, a ponto de se tornar irreconhecível, de não saber como você chegou a determinado ponto. Talvez a melhor coisa a se fazer é saber onde você está começando e qual caminho você quer seguir, por que uma vez que o caminho é certeiro o destino torna-se apenas o destino e não uma tábua de salvação imaginária.

Beijos
S.S Sarfati


Março vai demorar para passar, sempre demora, mas desta vez acho que isso não é necessariamente uma coisa ruim: como eu já disse por aqui, eu acabei de começar o cursinho e é uma pegada totalmente diferente da escola. Quero dizer, na escola eu dava um jeito de não estudar TODAS as matérias e sim só as que eu mais gostava (por isso que eu sei regência e concordância, mas não sei cinemática), claro que isso me custava umas notas ruins, mas eu nunca me importei muito com isso (mas se eu tirasse menos do que nove em uma matéria que eu gostava eu ficava irada).
Ter que estudar é algo muito fora da minha zona de conforto então preciso de um tempinho para me acostumar com isso, o que é natural. Tem uma citação de um dos meus livros favoritos ("Comer, Rezar e Amar") que diz que você precisa ser muito paciente consigo quando se está aprendendo algo novo e eu lembro que a primeira vez que li isso (lá em 2011) isso causou uma verdadeira revolução dentro de mim: nunca estive acostumada a ser paciente comigo, especialmente quando eu estava aprendendo algo novo. De 2011 para cá muuuuita coisa aconteceu comigo então acho que finalmente estou aprendendo o significado da frase e sendo mais paciente comigo mesma. Para que serviria a literatura se não fosse para nos ajudar a pensar diferente, fora da caixa? 
Eu espero sobreviver ao período de adaptação ao cursinho e deixar a matéria em dia (ou pelo menos a maior parte dela) e não me perder nas coisas que gosto de fazer, por que é muito fácil ignorar os prazeres em nome das obrigações e se perder em preocupações, difícil é equilibrar tudo e para o meu 2015 eu quero tudo que eu não tive em 2014: equilíbrio.

Beijos
S.S Sarfati