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Encontre alegria no ordinário

Tem certas coisas na nossa vida que passam sem darmos conta, o clássico exemplo disso é o tempo. Como diria Machado de Assis, nós matamos o tempo e ele nos enterra. Triste, mas o grande problema por trás disso é aquela coisinha chamada felicidade. Nós temos o terrível hábito de associar felicidade com determinada época de nossas vidas e não a um estado de espírito específico. Não é como se pensássemos "queria ser tão feliz quanto eu era quando tinha quinze anos" ao invés de "nossa, queria ter quinze anos de novo" ou  melhor "ah, se eu tivesse quinze anos com a cabeça que eu tenho hoje". Acabamos lamentando que não somos tão felizes quanto éramos naquela época do que pensando que se fomos plenamente felizes uma vez, conseguiremos ser plenamente felizes de novo, afinal, já vimos que temos a felicidade dentro de nós.
É complicado julgar a felicidade. O que é felicidade para você é o inferno de outra pessoa e o contrário também é válido. Claro que algumas coisas como ter uma cama quentinha para dormir, comida sempre que estamos com fome é algo que ajuda em ser feliz, mas a partir do momento em que isso é rotineiro, acaba passando desapercebido e não é um motivo para felicidade. Disse tudo isso para dizer o óbvio: quando alguém estiver comentando que está infeliz, não comente coisas como "pelo menos você tem o que comer". É ridículo e mostra que você, além de não ter empatia, é insensível. Por isso, se você é insensível com a dor do outro, limite-se a balançar a cabeça e dizer "conta comigo". Quando se está infeliz a última coisa que você quer ouvir é que tem alguém passando fome.
Felicidade é algo subjetivo demais para fazer verdades universais em cima disso, mas se tem algo que eu aprendi sobre felicidade recentemente é que para algumas pessoas nem toda felicidade do mundo será suficiente pelo simples fato de que a pessoa compara sua felicidade com a das outras pessoas. Ela olha para uma fotografia de pessoas conhecidas sorrindo e se pergunta porque isso só acontece com os outros ao invés de tentar observar os pequenos sorrisos a sua volta. Com pessoas diferentes, as pessoas expressam seu carinho de maneira diferente e isso não é necessariamente algo ruim, sendo apenas diferente. 
Seria muito mais fácil tentar ser apenas feliz do que competir com o outro sobre quem é mais feliz. Não existe uma competição onde o mais feliz ganha. Claro que há, coisas que socialmente foram colocadas como "itens da felicidade", mas cabe a nós, seres pensantes, não cairmos nessa e sempre o nosso significado para a palavra felicidade. Não há como programar nossa felicidade, mas há como tentar ao máximo ser feliz. 

Beijos
S.S Sarfati


Mais um mês se passou (dá para acreditar que só faltam cinco meses para 2015 acabar?) e muitas muitas fotos foram tiradas e, principalmente, postadas no Instagram. Eu adoro tirar fotos do meu dia-a-dia (a memória do meu celular já tem mais de 450 fotos!) e estou sempre postando as que eu mais gosto. Isso incluí fotos de look do dia, o livro que acabei de ler e algumas outras coisinhas especiais. Vamos as melhores fotos do mês de Junho? 


Os últimos meses têm sido difíceis para mim e fico feliz que em Julho, obrigatoriamente, tem uma pausa para poder refletir sobre os últimos meses, pensar nos meses que estão por vir e por que não pensar nos meus próximos anos? 
Eu estou naquela fase infeliz, quase maldita, de fazer as coisas hoje pensando no futuro (inclusive falei isso no meu texto de despedida do 3°EM ano passado). É horrível porque, sinceramente, não sei se tenho cabeça para focar tanto assim no futuro se nem no presente sei direito o que fazer da minha vida. É muita coisa para pensar, para decidir com pouca maturidade. 
Particularmente eu me considero uma moça madura, mas há um tipo de maturidade que só vem com o passar dos anos e não há nada que eu possa fazer. É dar tempo ao tempo - e eu não preciso nem dizer como eu considero difícil ter paciência para essas coisas. Por exemplo, aos dezoito anos eu nunca vou ter a maturidade para escrever como alguém de cinquenta anos. Por mais talentosa e sensível que eu seja eu tenho pela noção de que isso é praticamente impossível. Neste caso, todo mundo sabe que isso é impossível e acha que é natural, só que quando o assunto são outros tipos de maturidade, e não apenas a maturidade literária, as pessoas geralmente esquecem isso e forçam demais a gente. Eu não sou obrigada a ter os próximos quatro anos da minha programados! 
Claro que uma coisa é fato: eu vou entrar na faculdade, mas isso não significa que eu tenho plena certeza do que estudar (da última vez que chequei havia escolhido Ciências Sociais ao invés de Letras - desculpa se alguém ficou triste que não vou dar aula de Literatura para seu futuro filho/filha). Mesmo que eu tenha certeza do que quero estudar, isso não significa que eu não possa mudar de ideia. Eu tinha certeza que queria Jornalismo, assim como tinha certeza sobre Letras e agora tenho certeza sobre Ciência Sociais. Certezas mudam. Ainda bem que eu tenho ideias e certezas para mudar. Triste é aquele que não tem nenhuma ideia ou certeza para mudar - por isso não trabalho com verdades absolutas. 
Eu espero que Julho e seus pensamentos (e por que não seus acontecimentos também?) me deem clareza e segurança o suficiente para seguir de maneira tranquila o restante do ano. Será que dá? Só eu que estou apavorada com o fato de já estarmos em Julho? É quase Natal!

Beijos
S.S Sarfati