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Vocês já pararam para pensar em como o ambiente de balada é um ambiente machista?
Não, não é invenção da minha cabeça. Já frequentei (e ainda frequento) muito as casas noturnas para saber como elas são realmente. Com muita segurança posso afirmar que se você não vê machismo na maneira em que as casas noturnas tratam as mulheres é porque de duas uma: ou você é homem e se vê beneficiado pelo machismo ou porque você é mulher e ainda não teve oportunidade de estudar o feminismo e ver como o mundo trata de fato as mulheres. Continuando os avisos, adianto: não, meu problema não é falta de "pegada" ou excesso de vitimismo. Feminismo, além do sufixo "ismo" não se assemelha em nada com vitimismo! 
O machismo começa na entrada, literalmente. Dependendo se você é considerada "gostosa" ou se seu grupo de amigas é considerado "interessante" para a casa, você entra mais ou menos rápido e se você frequenta a casa é ainda mais simples perceber com quem você deve dar uma flertadazinha para não precisar ficar na fila. Sim, eu disse "flertadazinha" porque você nem precisa estar de fato interessada nele, mas, se você deixa-lo acreditar nisso, talvez você ganhe alguma coisa em troca. Isso é só para o público, mas não podemos desconsiderar quem trabalha lá especialmente na porta. As moças são oferecidas praticamente como um pedaço de carne para atrair homens para o local, tirando que, infelizmente, elas não conseguem a vaga por causa da competência e sim pela aparência delas e isso é horrível. Um exemplo real disso é que um dia, brincando, eu pedi uma vaga de recepcionista de balada a um amigo que trabalha numa balada famosinha aqui na cidade e eu fui obrigada a escutar que eu não era gostosa o suficiente. HELLO?! Eu sou inteligente 'pra caramba', escrevi um livro com 16 anos e o meu único atributo o qual é levado em conta para conseguir um emprego é o tamanho do meu quadril?! (Insira um palavrão aqui).
Tirando que esse negócio de mulher pagar menos é horroroso. "Ah, mas mulher bebe menos, tem que pagar menos mesmo". Se você concorda com essa frase, algum dia da sua vida você já saiu para beber com meninas? Nós bebemos tanto quanto ou até mais do que os homens. Não se enganem: o único motivo o qual mulheres pagam menos para entrar é porque assim a casa enche de mulheres e assim atrai homens - os quais são conhecidos por gastarem mais. Nós somos os produtos, meninas. Nós, mais uma vez, somos atrativo promocional. 
E a segurança que nós mulheres temos na balada? Não estou falando de ter o celular roubado, mas contra o assédio. Ninguém toma providencia alguma e eu me sinto totalmente desprotegida quando algum cara começa a me cercar na balada ou coloca a mão em mim contra a minha vontade. Eu perco direito sobre o meu corpo e ninguém parece se importar com isso. O que eu, sozinha, posso fazer a respeito? Se eu bater no cara na melhor das hipóteses eu sou colocada para fora porque na pior, e mais provável, das hipóteses eu vou apanhar de volta e nem assim eu tenho certeza que alguém vai me ajudar. Se eu gritar, ninguém vai me escutar. Vão culpar o álcool, a música alta e tudo mais, menos a eles mesmos porque, na verdade, ninguém se importa com uma mulher sendo assediada na balada, afinal, o que ela estava procurando na balada se não isso? Quantas vezes eu já fui em balada e vi caras com comportamento beirando a violência com uma mulher e nem um único segurança mexeu o dedo para ajudar a moça? Várias, infelizmente perdi a conta. Já questionei alguns deles e tudo o que eu ouvi foi "deve ser namorado", "ela deve ter bebido demais" como se alguma dessas duas possibilidades ignorasse o fato do cara estar puxando ela pelo braço. Até quando a violência vai ser culpa da vítima? Só vejo segurança de balada se mexendo para separar briga entre homens porque esse é o tipo de violência que trás má reputação para a casa. O assédio faz parte da noite e quem frequenta esse tipo de lugar deve estar preparada para isso, afinal "homens são homens".

Beijos
S.S Sarfati

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Eu vou ser bem sincera contigo, te curto pra caramba. Você é um cara legal, gente boa e, como diria um amigo meu, você é um crush simpático. Só que não é por isso que vou aguentar tudo o que você faz. Ou melhor dizendo, o que você não faz. 
É legal crusher você, poderia ser pior. Você poderia ser escroto, você poderia não usar perfume e você me apoia nos meus projetos, mas não é por isso que eu vou te colocar em um pedestal e achar que tudo o que você faz ou que você é se torna algo de outro mundo. 
Eu preciso parar de ser tão desesperada e achar que você é o único crush descente que eu vou arrumar na minha vida. O fato de você não usar drogas e não beber antes de dirigir, embora seja bastante responsável, deve ter outro alguém que também faz isso. Eu não conheço, mas sei que tem. Em algum lugar eu sei que tem. 
Sabe, às vezes, isso para não dizer sempre, eu me canso do seu jeito enrolado de ser. Do seu jeito extremamente calculista de ser. Por que você não se torna alguém um pouquinho mais espontâneo? Eu gosto dos seus beijos, mas não é como se eu fosse me importar se eles fossem um pouco mais espontâneos ou, arrisco a dizer, menos calculados. É só um beijo! 
Nem tudo é grande coisa e aprender isso foi a melhor coisa que fiz da minha vida e sugiro que faça o mesmo. Como amiga, sugiro que viva as coisas de maneira mais leve e um pouco menos sérias. A vida é muito curta para você ser tão sério. Custa fazer algumas piadas bobas sobre temas sem-noção?
Pode não parecer, mas eu gosto de você. Gosto de gostar de você. Eu acho. Só decidi tirar o dia para falar dos seus defeitos. 
Eu só acho que em alguns momentos você me cansa. Eu penso em desistir de você, mas algo ainda me prende a você, a esperança, a algo que eu não sei o que é e eu me odeio por isso. Sou trouxa demais quando os assuntos são os meus sentimentos e como sou de Aquário, nem tem como eu culpar meu signo. Aquarianos são frios, conhecidos por sua falta de sentimentos e demonstrações afetuosas, mas o que seria este texto então se não uma demonstração afetuosa dos descontentamentos que você me trás?

Beijos
S.S Sarfati 

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Olá!
Quem acompanha a página do blog no Facebook foi avisado da grande novidade: o blog agora tem uma Newsletter! Uhul!
Para quem não sabe, newsletter é, basicamente,  uma lista de emails. Você se inscreve nesta lista e eu vou ter o seu email para poder te mandar uns emails de vez em quando. Legal, né?
É super tranquilo e seguro. Tudo o que você precisa é cadastrar o seu nome completo, email e aniversário, aí você vai receber um email de confirmação. Fácil demais né? Não tem porque não se cadastrar! É só clicar aqui, mas se você não quiser fazer isso agora, tudo bem! Na lateral direita do blog tem um box escrito inscreva-se e no final de todos os posts a partir de agora vou colocar o link. Fofa eu, né? hahahaha
Os emails vão começar a ser enviados em 1/9, afinal, Setembro é mês de aniversário do blog! Nem acredito que já vai fazer quatro anos desde que eu criei o blog. Eu só tinha 15 aninhos e hoje já estou na faculdade, uau. 
Em Setembro vai começar uma nova fase bem legal do blog e eu estou bastante animada e quero compartilhar tudo com vocês <3 

Beijos
S.S Sarfati 


Eu aparento ser muito calma e tranquila, mas não se engane com meu rostinho de aparência fofa, eu não sou. Eu sou completamente nervosa e que me cobro horrores. Sou incapaz de explicar o quanto eu já passei de nervoso por não conseguir a cobrança que eu tinha em cima de mim mesma. Provas de Químicas, Física e Matemática são pequenas amostras, pequenos drops da cobrança que eu tenho em cima da minha pessoa. 
Eu não posso me cobrar demais uma vez que sou apenas humana. Eu tenho defeitos, qualidades, vaidades e mais mil e uma coisas que se manifestam nas minhas várias características, dentre ela a cobrança. É difícil tentar ser uma pessoa que não se cobra demais quando nasci em uma geração em que somos cobrados desde pequenos por bons resultados em uma competição com quem deveria ser vistos apenas como semelhantes. Pessoalmente, eu fugi bastante disso. Meus pais bem que tentaram, mas como boa aquariana, relutei em todos os momentos da minha criação, entretanto, sempre soube que as pessoas eram competitivas e que a cobrança no mundo lá fora era grande e hoje, na faculdade, tenho plena noção de como isso tudo funciona e me assusto. Não era para ser assim. 
Não entendo qual a lógica de quem disse que a cobrança por resultados era uma boa idéia uma vez que o máximo que eu consigo é queimação no estômago. Eu até consigo os resultados esperados,  às vezes, mas é as custas de muito nervoso e noites mal dormidas. Acho que um pouco de pressão é algo natural da vida adulta, mas tudo com limites. 
Infelizmente nosso sistema educacional ranqueia os alunos desde muito jovens. Lembro de ainda no antigo pré (atual 1º ano) ser colocada em uma espécie discreta de ranking baseado nos nossos comportamentos e habilidades cognitivas. Contudo, a pressão por resultados e maior competitividade só aumenta ao longo dos anos e quando chega na fase universidade/mercado de trabalho se torna algo tão grande que beira ao ridículo. Somos incentivados a termos vários amigos, mas desde que eles não te ameacem intelectualmente ou profissionalmente.
É cansativo viver assim, na verdade, é exaustivo viver precisando se preocupar com tudo o tempo todo. Por que simplesmente não viver tranquilo? As pessoas cobram tanto delas mesmas que acabam não tendo tempo para aproveitar o que tem em volta delas. Elas acham que estão poupando tempo ao se isolarem nos seus próprios mundinhos, sendo que na verdade elas só estão perdendo um tempo fantástico da vida delas que é o tempo o qual você compartilha com as pessoas as quais você gosta.

Beijos
S.S Sarfati

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Viver é algo que desperta várias emoções, dentre elas a decepção.
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Recentemente acabei me decepcionando com um ou dois amigos. Eram bastante próximos, daquele tipo de amigo que você acha que a amizade vai durar a vida toda e que você super pode confiar na pessoa. Não foi o que aconteceu. Descobri coisas que eles pensavam sobre mim e nunca me disseram, descobri falhas de caráter, descobri a verdadeira essência deles. Percebi que não valia a pena aguentar certas coisas e decidi me afastar. 
A olhos de uns pode parecer que perdi amigos, contudo só descobri quem eram os verdadeiros. Se eu não tivesse descoberto essas coisas eles continuariam sendo considerados amigos verdadeiros e eu continuaria me abrindo para eles sendo que eles nunca mereceram minha consideração, amizade e lealdade. Eram pessoas que não mereciam tudo o que eu tinha a dar. 
Além disso, é ótimo eliminar esse tipo de energia da nossa vida.
Só que, apesar de eu estar escrevendo sobre o assunto de maneira super tranquila, não foi assim que eu me senti quando tudo veio a tona. Me senti traída, magoada, enganada e mais mil coisas assim. Resumindo, me senti pior do que o pior de todos os seres. Isso foi até eu perceber que a pessoa ruim não era eu, era quem é capaz de ser desleal e falso com quem eles diziam ser amigos. 
Talvez por eu ser filha única e de família pequena a amizade sempre representou um pedaço grande e de enorme importância na minha vida e eu um dos maiores erros que cometo desde sempre é achar que todo mundo vê amizade assim. Tem gente que vê amizades como degraus para onde elas querem chegar, ou seja, em outras palavras, algumas pessoas usam os amigos e acham isso normal. Acham que faz parte da vida usar e ser usado e é horrível pensar isso. 
É medonho pensar que a sociedade tem nos criado para sermos tão ambiciosos a ponto de achar que usar pessoas e ser usado por elas é algo normal porque não é. Construir vínculos com as pessoas baseado apenas no que elas podem te oferecer é sujo e muito solitário. Não é porque hoje você não está sozinho, você não estará sozinho para sempre - especialmente com esse tipo de pensamento. Talvez em uma realidade em que não sejamos preenchidos o tempo todo por uma falsa sensação de pertencimento, aprenderemos a dar valor as pessoas que verdadeiramente de dispuseram a ser nossos amigos.

Beijos
S.S Sarfatti

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A maior dificuldade de fazer uma resenha sobre Harry Potter, qualquer um dos volumes, é que este é apenas o livro mais lido depois da bíblia, ou seja, tudo o que tinha para ser dito a respeito do bruxinho britânico já foi dito. Todavia, sempre é possível falar coisas que foram pouco ditas a respeito do dono da cicatriz mais famosa não apenas da Literatura, mas de toda a cultura pop.
Por exemplo, por que Harry Potter é tudo isso? Tantas sagas foram feitas, mas por que esta em específico ganhou a notoriedade que ganhou?
Harry Potter e a Pedra Filosofal, o volume que abordamos hoje, foi lançado em 1997 e até então o mercado literário ainda não estava saturado de sagas fantasiosas como está hoje, por isso quando apareceu foi uma grande novidade, especialmente porque era destinado ao público adolescente. Era uma das raras ocasiões em que era uma história para adolescentes protagonizado por adolescentes – tendência a qual começou com os filmes adolescentes dos anos de 1980 como “Curtindo a Vida Adoidado”.
Outra coisa que captura a atenção do leitor é a maneira que JK constrói a história, de maneira sólida e detalhada o suficiente para te fazer acreditar que você mesmo está estudando na Escola de Magia e Bruxaria é fantástica. Não é atoa que está se tornando um clássico da Literatura (particularmente espero que meus filhos leiam Harry Potter na escola ao invés de Til do José de Alencar).
Lançado há quase 20 anos, considero que não é mais necessário a preocupação com spoilers, certo? Caso não tenha lido e não queira ter desfechos da história revelados, pare de ler por aqui e vá ler Harry Potter e a Pedra Filosofal.
A história do menino que sobreviveu começa justamente quando ele está chegando na casa dos tios logo após ficar órfão e há uma breve conversa entre quem depois descobriremos ser Dumbledore, Hagrid e Mcgonagall. Então contece um salto no tempo e vemos Harry aos dez anos sendo tratado como trapo pelos tios e vivendo embaixo da escada. Relativamente poucas páginas depois Harry descobre que é bruxo e que vai estudar na escola que é o sonho de todos nós e agora preciso interromper: este é o primeiro instante em que JK ganha nossos corações. É surpreendente a maneira que é narrado sem ser lento, mas ainda sem pecar pela falta de informações.
 Harry Potter e a Pedra Filosofal é o primeiro volume de uma saga a qual conquistaria milhares de jovens ao redor do mundo e com certeza vale a pena ser lido. Independente se você já viu o filme, o livro é muito mais detalhado e nos faz entender muitas coisas que no filme não ficam tão claras – embora a saga Harry Potter no cinema é uma das adaptações mais fiéis que eu já vi.

Beijos
S.S Sarfati

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Desde que minha vó faleceu no fim do mês de Maio eu passei a me pegar ainda mais na ideia de quanto a vida é efêmera. Na verdade, o conceito de efemeridade da vida é algo que capturou minha atenção lá no primeiro ano do Ensino Médio em 2012, quando aprendi em Literatura sobre o Carpe Diem e desde então isso é algo que faço questão de ter na minha vida (tem até uma tag com textos assim aqui no blog). Contudo, com o falecimento de um ente querido é natural que questões assim fiquem em evidencia no cotidiano de quem está lidando com a perda.
Minha avó morreu oficialmente em 26 de Maio, Corpus Christi e aniversário de uma das minhas amigas do Ensino Médio, porém foi no dia 15 do mesmo mês em que ela morreu para nós. Ela sofreu um AVC e ficou com a fala paralisada nos dias que se sucederam até a sua morte. Ela pouco ficou consciente desde então e por isso nós todos sabíamos que o fim estava próximo.
Como uma brincadeira do destino, no dia anterior, dia 14, minha mãe ligou para minha vó e elas ficaram mais de uma hora conversando - o que era bem mais do que o habitual. Mesmo assim, como minha vó parecia tristinha, minha mãe ficou de ligar para ela mais de noite. Acabou que fomos ao super mercado e acabamos perdendo a hora de ligar para ela, mas ficamos bem com isso, afinal, haveria o dia seguinte para fazermos isso, certo? Errado. Eu pensei em lembrar minha mãe que ela havia ficado de ligar para a vovó, mas decidi ignorar por não ver urgência em falar com ela. Não sei porque, mas naquele dia em específico, eu fiquei com vontade de falar com ela, mas não falei pelo mesmo motivo: domingo era um novo dia e eu poderia falar com a minha avó todo tempo que eu quisesse. Só que o dia seguinte nunca chegou.
Não tenho palavras para descrever o quanto mal eu fiquei com isso nos dias que se sucederam. Cheguei a comentar com a minha mãe e um outro amigo mais próximo e os dois foram bastante enfáticos ao dizer que não era para eu me sentir culpada de jeito nenhum e bem, racionalmente, eu sei disso. O problema é como emocionalmente eu sou incapaz de entender isso.
Já vai fazer três meses que a vó mais próxima que eu tive se foi e é impossível não sentir falta dela porque embora já não fossemos mais tão próximas do que quando eu era pequena, os meses em que ela passou aqui em casa foram essenciais para que eu entendesse melhor o comportamento dela e até mesmo o da minha mãe.
O que eu quis dizer com essa história toda é batido, mas o amanhã é incerto demais para que desperdicemos. É uma oportunidade rara de fazer algo que não foi feito no dia anterior, dar carinho a quem você não deu e dar ainda mais amor a quem você ama. Mesmo que por um único instante não carregue o arrependimento que vou sempre carregar quando o assunto for a minha vózinha.

Beijos
S.S Sarfatti

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Eu não sou a pessoa que vive mil histórias por aí, sejam histórias grandes ou pequenas, simplesmente não sou. Não sei transformar histórias chatas e sem graça em aventuras fabulosas, não sou como o cara de Peixe Grande e suas Histórias Maravilhosas. Por isso raramente conto feitos meus por aqui, a maioria das vezes apenas me baseio neles. Contudo, quase com a mesma freqüência que um cometa raro passa pela Terra, algumas das minhas vivências são realmente dignas de serem passadas a diante. 
Deve fazer em torno de duas ou três  semanas, sou horrível com datas, eu fui para São Paulo (moro a duas horas de lá) visitar uma das melhores pessoas que eu tive o prazer de conhecer na vida. Nos conhecemos no oitavo ano (2010) e embora tivemos uma "fase separada" somos melhores amigas até hoje. Nos consideramos  até mesmo primas porque o padrasto dela é viúvo de uma prima da minha mãe. Enfim, nada disso importa (muito).
Deve fazer uns dois anos que ela está morando em São Paulo e eu ainda não havia ido visita-lá por isso decidi aproveitar essas férias para passar um final de semana na casa dela, além disso, queria sair um pouco da minha "rotina" de férias. Além de ir na casa da minha amiga, ela falou para aproveitarmos e irmos para uma balada juntas e que tinha uma casa noturna na Augusta (baixa Augusta, na verdade) que tinha um open bar a dez reais. Apesar de não curtir muito balada, pela minha amiga e pelo preço eu topei ir. 
Na hora de se arrumar foi aquela animação toda, "miga, essa roupa está boa?" e etc. Fomos de ônibus e metrô (não me achem caipira ou até mesmo provinciana, eu moro em uma cidade muito pequena que no máximo você precisa de um ônibus para ir para a balda. Contudo, é relativamente fácil arrumar uma carona ou rachar um táxi - as distâncias são curtas). Descemos na estação Consolação e caminhamos muito até a casa noturna, entramos na fila. Duas horas depois, ainda estávamos na fila. Estava chuviscando e frio. Era cerca de meia noite e eu já estava sentada na calçada com sono, minha amiga já estava jogando no celular. Decidimos ir embora. Só que estávamos com fome, então advinha o que fizemos? Paramos no Burguer King para comer.
O nossa super rolê do final de semana foi ir para a Avenida Paulista comer BK. Não era nem duas da manhã e nós já estávamos dormindo, que tipo de jovem adulta nós somos?! Essa situação toda me fez refletir sobre uma coisa, não importa quantos anos se passem ou quanto longe nós vamos, algumas coisas nunca vão mudar se formos verdadeiros com a nossa essência e com as pessoas que estão a nossa volta.

Beijos
S.S Sarfati


Você se lembra quando estávamos conversando semana passada e entre um beijo e outro você me desafiou a escrever um texto sobre você e eu dei um sorriso convencida e ainda disse que não era algo tão difícil assim e que eu até já tinha escrito? Bem, eu meio que menti. 
Não menti de um jeito feio, foi de uma maneira bastante ingênua na verdade. De fato, eu já havia escrito sobre você sim, mas me enganei terrivelmente quando disse que não era algo difícil. Eu passei dois dias quase que inteiros quebrando minha cabeça afim de encontrar o que dizer sobre você, sobre nós, sobre tudo isso que eu estou passando e nada consegui produzir a respeito. Você me deixou sem palavras, rapaz. Considere isso um feito e tanto.
Não sei como te explicar, mas quanto mais eu tentei fugir de você, mais você apareceu para mim. Eu me interessei por você durante alguns dias quando nos conhecemos, mas logo perdi o interesse. Sim, estou falando sério. Alguma coisa em você me fez querer fugir. Você parecia tão seguro, tão maduro que eu fiquei assustada. Talvez eu tenha ficado assustada por achar que você era um cara que eu gostaria de ter por perto. Eu sou extremamente medrosa em relação a pessoas perto de mim. Tenho medo de me envolver, medo de me decepcionar, medo de sofrer e tudo aquilo que nós já conversamos. Posso parecer segura e até mesmo um pouco convencida, mas não se engane: não sou nada disso. 
Então marcamos de sair. Marcamos de assistir um filme no domingo à tarde. Quem vai à um encontro em um domingo à tarde? "Esse cara só pode ser maluco" e eu passei o restante da semana procurando uma desculpa para não ir. Dediquei cada hora que antecipou nossa saída a procurar uma desculpa para não te ver nunca mais. Óbvio que hoje, uns três meses depois, sabemos que não encontrei uma desculpa para não ir ver aquele filme horrível com você, mas eu me diverti. Me diverti como há muito não me divertia. Você foi um verdadeiro cavalheiro e eu comecei a criar algumas expectativas, mas como te falei, minhas expectativas não duram mais do que uma semana. 
E quando eu estava quase me acostumando com sua total ausência, eis que você surge novamente. Sexta à noite ("mais normal" eu pensei), nada melhor do que uma ida ao teatro local para dar início a uma sequencia de bons momentos. Novamente, eu me diverti. Só que dessa vez eu tenho certeza que não fui só eu quem me diverti. Decidi relaxar um pouco e sugiro que faça o mesmo. Eu estou tremendo de medo só de pensar no que pode acontecer, não se engane pela minha pose de moça destemida. Eu não sou tanto quanto gostaria.
Acredito que além dos bons sentimentos, compartilhamos os mesmos medos. No entanto, acredito também que não devemos focar nisso. Vamos compartilhar bons momentos e apenas isso.

Beijos 
S.S Sarfati


Julho, férias e muita foto bonita! Venha ver o resultado das minhas experiências fotográficas (Não vou mentir, tenho usado várias das coisas que aprendi nas aulas de Fotografia da faculdade para melhorar minhas fotos)

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Para quem frequenta escola/faculdade de um jeito ou outro Agosto é o mês oficial de volta às aulas, é difícil recomeçar alguma coisa antes de Agosto - pelo menos para mim sempre foi. É tipo aquela época do ano em que você começa a deixar as coisas para o ano que vem.
Particularmente meus últimos dias de Julho foram ótimos e espero do fundo do meu coração que Agosto siga a deixa. Não foi uma única coisa, mas uma sequencia de coisas boas e eu estou muito feliz com isso. Na verdade estou em uma fase muito tranquila, muito gostosa e muito madura. É incrível pensar em como eu evolui psicologicamente nos últimos meses, estou orgulhosa de mim mesma. E olha que fazia muito tempo que eu não me sentia assim.
Para esse meu recomeço parte dois espero que eu consiga ir muito bem na faculdade. No primeiro semestre eu já fui bem, agora quero ir muito bem. É questão de orgulho? Sim, mas acho que um pouco de orgulho nunca matou ninguém. Sabe quando você acha que não alcançou todo seu potencial? Pior sentimento do mundo. Odeio algo faltando. 
Além disso, espero continuar conduzindo minha vida com a maturidade que estou conduzindo até agora. Cheguei longe e espero ir cada vez mais em frente. Eu estou com quase vinte anos (dezenove e meio) e acho que tem algumas indecisões não são mais pertinentes a minha idade, mas sei que com certeza outras indecisões virão. 
Espero que minha produtividade aumente. Espero escrever mais e conseguir controlar minha sensibilidade. Em alguns momentos, como agora, estou tão sensível que sou incapaz de colocar em palavras o que sinto. Para quem está com uma necessidade ardente de escrever, isso é pior do que o pior pesadelo de todos. Estou acostumada com Julho ser um mês difícil para meus rascunhos, mas toda vez entro no mesmo desespero. 

E você, o que espera de Agosto?
Beijos
S.S Sarfatti