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Da mesma maneira que a vida dos Bantry muda radicalmente a partir da manhã em que eles encontram um corpo na sua biblioteca, a minha vida mudou muito depois de Um Corpo Na Biblioteca. Da mesma maneira que me apaixonei pela Agatha Christie em Assassinato No Expresso do Oriente, me apaixonei ainda mais por ela nesta história que se tornou a minha favorita da autora e agora, após ler dois livros dela, posso dizer de boca cheia que Agatha Christie é uma das minhas autoras favoritas.
O corpo de uma jovem é encontrado no tapete da biblioteca dos Bantry, às sete da manhã. A vítima é uma completa desconhecida e o casal Bantry decide chamar as autoridades para investigar o caso — e também, é claro, Miss Marple, detetive amadora e amiga da sra. Bantry.  Tudo se complica ainda mais quando chega até eles a notícia de outra adolescente morta, carbonizada dentro de um carro incendiado em uma pedreira. Qual será a possível conexão entre os dois incidentes?
O livro começa direto do clímax: foi encontrado um cadáver na biblioteca dos Bantry e a partir daí a história se desenrola, ou seja, ele tem um ritmo bastante particular. Enquanto a maioria dos livros leva certo tempo para começar a esquentar, os livros da Christie já começam fervendo e este em especial começa extremamente quente - um assassinato na biblioteca, quem diria? 

Bem, este é um clichê da ficção policial e a autora escolheu este como tema justamente para brincar com o comum, com o que todo mundo espera de um livro como este e por isso mesmo o final é bem surpreendente, tão surpreendente que chega a ser demais. 

Quem investiga este terrível assassinato é a Miss Marple, uma senhora que mora na vila próxima ao local que foi encontrado o corpo e amiga pessoal da Sra Bantry. Sendo caracterizada quase que o tempo todo como um velha solteiro, é possível ver os valores da época em que o livro foi escrito (por volta de 1940) e como era mal visto uma mulher mais velha e solteira - se hoje é assim, imagina naquela época? 

Adoro a maneira como Christie desenrola as suas histórias, mas os finais costumam me irritar porque eu sempre fico com a impressão que ela estava cansada de escrever e quis acabar logo com a história. O desenvolvimento e o final tem ritmos muito diferentes entre si: um é lento e o outro é extremamente rápido. É ótimo para quem não tem paciência para finais demorados.

Eu não vejo isso necessariamente como um ponto negativo da autora e/ou do livro em questão, vejo apenas como uma característica do jeito dela de escrever. Pessoalmente não me agrada muito, mas o desenvolvimento do livro é tão bom que eu sempre quero ler mais - inclusive estou louca para ler o outro livro que veio no box

E você, gosta de livros de ficção policial?

Beijos
S.S Sarfati


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