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Que a vida nos faz ter que tomar zilhares de decisões todos os dias, isso é um fato, já que até mãe faz nós tomarmos uma porção decisões todos os dias. 
Acordar e decidir levantar e colocar os pés no chão é a mesma coisa que decidir comprar ou não um carro novo, por exemplo. Tá, você deve estar me achando no mínimo louca, e talvez eu até seja um pouquinho sim,  mas o que eu quero dizer, que ambas as coisas são apenas decisões e a única coisa que as diferem entre si, além das consequências, é a forma que as encaramos.
As decisões são inevitáveis, não tem como fugir delas, embora em alguns momentos dê MUITA vontade de simplesmente NÃO decidir tal coisa. Nem sempre é fácil, eu quero dizer, na maioria das vezes é muito difícil se decidir. Ou por que falta opções ou por que tem opções demais, e como somos seres humanos, nunca algo está bom para gente. 
O grande problema das decisões, não é toma-las e sim aguentar as consequências, coisa que nem sempre é fácil, mesmo para aqueles que dizem que estão prontos para aguentar qualquer decisão. Esses são os que mais sofrem com as consequências que a vida se encarrega de dar. 

Beijos 

S.S Sarfati 




"Até uma boa decisão, se for tomada por motivos errados, pode ser uma má decisão" (Piratas Do Caribe)

Vocês já pararam para pensar como é difícil fazermos um primeiro contato com alguém totalmente estranho para nós? Como é uma explosão de sentimentos e angústias aquele momento em que tentamos nos aproximar de alguém diferente do que estamos acostumados?
Provavelmente somos capazes de sentir tudo isso por que esquecemos que as pessoas que hoje consideramos amigos ou melhores amigos, um dia foram estranhas para nós e para nos aproximar delas, tivemos que sentir um friozinho na barriga. Essas pessoas já estão tão imersas na nossa vida, no nosso dia a dia, que já não imaginamos nossa vida sem ela. E pensar que um dia tivemos medo de ir falar com elas.
Eu por exemplo, pouco me lembro de como exatamente começou minha última amizade. Se não me engano,  o dia em que minha amiga faltou ele sentou atrás de mim e eu comecei a conversar com ele. Assim, do nada.   E quando dei por mim, eu estava rabiscando o braço dele e chamando ele de Theteus. haha. Hoje somos bons amigos. 
Sou um bocado quieta e tímida. Não sou de me expor muito, principalmente com quem eu pouco conheço então, como pode-se imaginar, não sou lá muito corajosa quando o assunto é fazer novas amizades. Para falar a verdade, eu não sou nem um pouco corajosa quando o assunto é esse. Ok, que eu sou feliz assim e me aceito do jeitinho que sou com a minha meia dúzia de amigos mais chegados. Ok também que eu não sou a única pessoa assim no mundo. 
E quando conhecemos alguém realmente legal e dizemos "Hey, ele(a) parece legal. Quero ser amiga(o) dele(a)"? Ai o bicho pega. E o bicho não pega só para os mais tímidos, pega para todos. E sabe por que o bicho pega para todos? Por que somos humanos. E todos os humanos têm medo do novo, do diferente. Se você não tem, fique atento ao horário de partida da sua nave espacial por que ela está voltando ao seu planeta de origem.
Dizem que a primeira impressão é a que conta mas não sei não. Por mais que a primeira impressão seja "chocante", nada melhor do que o tempo para nos mostrar quem realmente as pessoas são ou deixam de ser. Nada melhor do que o tempo para nos fazer encarar duras verdades que a princípio não quisermos ver ou coisas assim.
O primeiro contato com alguém que ainda é estranho pode ser amedrontador. Muito. A ponto de nos fazer querer correr para o colo da mamãe. Mas ainda sim, é essencial para que possa ter um segundo, terceiro, quarto contato... e assim por diante até o dia que já não vamos mais ligar para isso e o frio na barriga de falar com a tal pessoa ficou para trás e vocês já são capaz de rir de tudo isso. Juntos. Como verdadeiros amigos. Nada melhor do que o tempo. 
A nossa vida é feita de momentos, vários deles. Não importa se foram bons ou ruins, o importante é que eles existiram e uma pequena parte deles ainda vive dentro de nós a cada dia que se passa e se torna mais forte a medida de que somos capazes de faze-los pertencer a nossa essência. Talvez para alcançar a tão sonhada imortalidade devemos apenas viver os momentos, mas nunca sozinhos. 


Beijos

S.S Sarfati 


Dizem que se foi bom, é maravilho e que se foi ruim, é experiência, então, pois bem, irei contar a vocês a experiência de ir a um barzinho que só tocava músicas de uma sílaba com a minha mãe.

Se vocês não sabem o que são músicas que contêm apenas uma silaba, digo a vocês: São aqueles clássicos contemporâneos chatos que tocam nos churrascos chatos que seu vizinho faz todo domingo.

Tudo começou quando uma amiga da minha mãe comentou com ela que em determinado lugar, toda quinta feira, era muito legal por que tinha música ao vivo, as pessoas iam lá comiam um pouquinho e se divertiam. LÓGICO que minha mãe ficou animada e topou na hora, só me avisou que eu teria que ir para a casa da minha amiga em uma quinta feira para que ela pudesse sair e não ficasse preocupada comigo. Como filha de peixe, peixinha é, eu também fiquei super animada e implorei para minha mãe me levar com ela, já que eu nunca tive uma vida social noturna (nem diurna) muito agitada e garotas querem apenas se divertir. Depois de muita troca de argumentos, ela decidiu me levar, mas com uma condição: Eu não poderia perder a aula de sexta por causa disso. Para nossa sorte (ou não) dali não muito tempo, teríamos um feriado que cairia em uma sexta, em outras palavras, #partiunoite.

Nós íamos na quinta, então desde quarta eu já estava super animada, pensando na roupa, no cabelo, na maquiagem, essas coisas que costumamos fazer quando estamos animados por que vamos sair. Quinta feira então, nem se fale! Só queria escutar músicas cheias de energia e queria que as horas passassem rápido, até que depois de muita expectativa, as horas passaram e o momento finalmente chegou!

Eu e minha mãe estávamos bem animadas, então não parávamos de falar um instante. Quando chegamos por lá, enquanto íamos procurar a amiga da minha mãe, a banda ia subir no palco. Levando em conta que na pizzaria ao lado estava tocando “Losing My Religion”, achamos que por lá iria tocar algo parecido, já que a amiga da minha mãe tinha falado tão bem do lugar, mas, ao escutar as primeiras batidas da música, percebemos aonde tínhamos nos enfiando: Em um barzinho de forró. Sim, eu já fui a um barzinho de forró, dá para acreditar nisso? Euzinha, fã de música estrangeira em um bar de forró? Pois bem, essa foi a minha dura realidade daquela noite.

Depois de quinze minutos lá eu já não via a hora de ir embora, mas minha mãe queria esperar mais um pouco para encontrar a amiga dela. Acho melhor eu dar uma pausa aqui para eu poder explicar alguns conceitos básicos a vocês: Antes que alguém possa dizer que eu sou má ou coisa assim, eu quero dizer que não sou eu que “boto” defeito na roupa das pessoas, eu apenas os comento com a minha amiga mais próxima! Por que primeiríssimo de tudo, quem “botou” a roupa foi a pessoa que esta vestindo!

Acho que já dei o tom desse parágrafo não é? Sério, eu nunca vi tanta gente mal vestida em um só lugar! Era muita bizarrice para pouca visão! Tem uma frase na música “Eduardo E Mônica” que sempre achei um bocado engraçada “[...] festa estranha com gente esquisita eu não tô legal [...]” Nunca pensei que iria me sentir assim, mas me senti. E foi muito sinistro.

Além de mal vestidas às pessoas lá eram estranhas, não um estranho que dá medo, um estranho um bocado estranho. Não que essas pessoas fossem realmente sinistras, mas estar em um barzinho que toca forró com um monte de gente que tem idade para ser seu pai é uma experiência sinistra por si só.

Resumindo a história, depois de uns quarenta minutos, nós finalmente achamos a amiga da minha mãe e fomos ficar com ela e as amigas dela dançando clássicos como “Camaro Amarelo” ou “Eu Quero Tchu, Eu Quero Tcha”. Mais uma vez, estava lá eu torcendo que as horas passassem rápido para nós darmos o fora de lá o mais breve possível. Nesse meio tempo, passou entre a gente um elemento que vou chamá-lo de “Carinha do traseiro bizarro” (Eu tenho certeza que vocês nem desconfiam o porquê desse apelido! Haha) e o amigo dele, que eu irei chama-lo de “Amigo do carinha do traseiro bizarro” (Até parece dupla dinâmica). LÓGICO, que por razões óbvias, nós (estávamos em cinco mulheres) tivemos quase que por obrigação comentar algo a respeito, então quando achávamos que eles tinham se perdido no meio da multidão, eis que a dupla dinâmica volta e solta:“Ei, alguma de vocês quer nos conhecer melhor?” (“Lógico que não! Você é o Amigo do carinha do traseiro bizarro!” pensei eu.) Então a amiga da minha mãe foi dançar com o Carinha do traseiro bizarro (Ela jura que não sabia que era ele, aham sei.), nisso, o amigo continuou insistindo “Alguma de vocês não quer dançar?” Não preciso nem dizer que coração de mãe é aquela festa, cheio de amor e carinho para dar, pior que coração de mãe, só coração de vó. E minha mãe, com pena do Amigo do carinha do traseiro bizarro topou dançar com ele.

Eu juro que eu nunca quis morrer tanto na minha vida! Era muita morte para pouca vida! Minha mãe, dançando com um cara que era o Amigo do carinha do traseiro bizarro, que além de feio e estranho, ficava soltando coisas como: “Estou carente.” “Está difícil de arrumar alguém que goste mim” “Está difícil de arrumar alguém” entre outras pérolas. Por favor, homens, não cantem uma mulher assim, principalmente se for na noite. Homem carente é sinônimo de homem mala, e mulheres NÃO querem homens malas #ficaadica.

Por fim, a música acabou e nós FINALMENTE fomos embora. Nunca achei que seria capaz de ter tanta inveja das pessoas que passaram sua quinta feira à noite, véspera do feriado, no facebook, de pijama enquanto comiam bolacha passatempo. Mas como eu disse no começo, se foi bom, é maravilhoso, se foi ruim, é experiência. Agora sei que definitivamente eu não gosto de forró!
Beijos
S.S Sarfati

PS: Aqui está a fonte da foto acima.